Testando cenários para a agricultura orgânica

Se uma cultura orgânica não pode, por definição, ser mega, ou talvez possa mas até um limite notavelmente menor que a agricultura atual (porque grandes escalas requerem controles artificiais e de alta tecnologia, com agrotóxicos, máquinas, e depois mantidos em freezers, com preservantes e embalados com longas datas de validade), o seguinte cenário é possível:
♣ Os produtos orgânicos do interior da Inglaterra alcançarão no máximo o interior da Inglaterra, a Inglaterra inteira ou os países da fronteira, reduzindo exportação e vendas (inclusive via Internet).
♣ Além de mais frescos, menos alterados e menos poluídos, esses produtos conterão a sabedoria indiana que diz que “tudo que cresce perto de você é bom para você”.
♣ Haverá equilíbrio de preços, porque ao mesmo tempo em que a produção será menor, o transporte será barato e os produtos não terão acréscimo de estabilizantes e preservantes artificiais.
♣ O turismo ficará mais “orgânico“, porque muitos produtos só serão encontrados em algumas regiões, o que aumentará o interesse e o valor dessas regiões (como as feiras do Mediterrâneo).
♣ Se não diminuir a morte e o consumo de vida animal, ao menos melhorará a qualidade de vida deles.
♣ O mercado de informações botânicas e de saúde substituirá o mercado de tecnologia de tratores, pesquisas de agrotóxicos e índices de safra.
♣ A cultura do lucro e do crescimento capitalista será substituída por um foco em qualidade de vida e promoção da saúde, com decréscimo eventual da competição patológica.

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