5min com Adyashanti e a fonte da transformação pela presença e não pelo esforço constante [VíDEO]

Em que momento do dia a gente pára de se debater com as coisas ao redor, compromissos, metas, pressas, esperas, tarefas, expectativas, discordâncias, o próximo item, a próxima refeição, o próximo email, e todo o resto? Será que a chave é reservarmos “um momento” para pararmos de nos debater, de lutar e de nos esforçar para vivermos em paz, na presença das coisas que estão aqui? “A maioria das pessoas está viciada em se debater“, diz o professor espiritual Adyashanti, autor de livros como “True Meditation” e “The End of Your World”, nesse curto vídeo de 5min publicado pelo site oficial do autor no YouTube. Intitulado “Letting Go of Struggle“, o vídeo segue trazido e legendado abaixo (nota da tradução: a palavra “struggle” é traduzida alternadamente como “debater-se”, “esforçar-se” e “lutar”, conforme mais apropriado em cada frase.

Duas observações breves sobre o significado que entendo das mensagens contidas no vídeo. Primeiro, como o próprio Adyashanti fala de passagem no exemplo da praia, “se debater com algo específico” é diferente de “dedicar a atenção a algo específico“, pois enquanto o primeiro estreita a percepção, o outro amplia, mesmo quando está focada em aparentemente apenas um objeto. E segundo, muitas pessoas podem aceitar que são viciadas em se debater consigo mesmas, em loopings infinitos de diálogo interno (quem nunca, né?), mas sempre que esse assunto de “entrega” aparece vem com ele o ceticismo de não acreditar que seja possível parar de lutar ou de se esforçar por algo, como se o assunto principal fosse a luta no trabalho ou a construção de um mundo melhor (que dificilmente aconteceria sem esforço e luta). Mas a luta e o esforço que Adyashanti menciona aqui são sobre as motivações e atitudes internas, que podem nascer de percepções de escassez e hostilidade, por exemplo, que criariam a aparente necessidade do esforço constante, ou podem simplesmente nascer da presença.

Outro vídeo que tem muito a ver com esse de Adyashanti é o de B Alan Wallace no seguinte post: Nosso estado mental normal é um “distúrbio obsessivo compulsivo delusório”: Alan Wallace e o controle da mente (26/06/2012).

Caso as legendas em português não estejam ativas, clique no menu logo abaixo do vídeo e seleciona “Português”. Caso o vídeo não apareça, você pode assistir neste link.

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7 Comments

  1. says: Paulo Renato

    O ser humano acredita na ilusão de que tem de lutar bastante para ser alguém, para alcançar objetivos que possam melhorar a sua condição em todos os seus aspectos, ele acredita que pode controlar a sua realidade. E no entanto sempre que ele luta contra a realidade como ela é, ele perde todas as vezes, pois aquilo que é, é e assim sendo é perfeito. A única diferença é se a reconhecemos ou não, mas não a podemos alterar.

  2. Temos que fazer aquilo que nos dar vontade, mesmo se foi ruim, aprendemos com os nossos próprios erros, nós seres humanos vivemos de ilusão, não deixe nada pra depois corra atrás do seu objetivo, viva o agora. !!!

  3. says: Rodrigo

    Eu acredito que a mensagem do vídeo é a questão da aceitação, todos temos nossos problemas e tendências a agir pelo impulso, mas parar, respirar e aceitar as coisas e pessoas como elas são e aproveitar o melhor de cada um é o que existe de mais difícil quando as coisas e as pessoas vão no sentido contrário as nossas vontades e necessidades.

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