“Estou surpreso que Stephen Hawking tenha feito um pronunciamento dizendo que o cérebro é similar a um computador. Computadores não experimentam subjetividade“, afirmou ontem o médico Deepak Chopra, autor de “Vida Após a Morte” e “Como Conhecer Deus”, numa série de tweets a respeito das diferenças fundamentais entre os dois elementos comparados pelo físico Stephen Hawking em sua entrevista ao jornal The Guardian na segunda-feira. Num dos tweets, Chopra cita o físico matemático inglês da Universidade de Oxford, Roger Penrose: “É impossível para um sistema físico (cérebro) processar significado – Sir Roger Penrose”.
Abaixo, os tweets capturados de Chopra:
Não houve exatamente uma repercussão, mas outras personalidades associadas ao tema também fizeram comentários públicos, principalmente no Twitter. O renomado físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser publicou ontem um artigo na NPR sobre a entrevista de Hawking, intitulado “Experimentos sobre a vida após a morte” (em inglês), onde basicamente concorda com Hawking e tenta explorar a condição da vida humana. Um trecho diz: “Apesar de que de um ponto de vista estritamente científico nós não tenhamos provado que não exista vida após a morte, tudo que sabemos a respeito de como a natureza funciona indica que a vida é um fenômeno bioquímico que tem um início e um fim. De um ponto de vista científico, a vida após a morte não faz sentido: há vida, um estado onde um organismo está ativamente interagindo com seu ambiente, e há a morte, quando a interação fica passiva.” Gleiser também publicou um tweet olhando o lado pragmático e ético das declarações: “Estou com Hawking: o que importa é o que você faz com a vida que tem“.
O escritor Paulo Coelho, autor de “O Alquimista” e “O Aleph”, também se pronunciou sobre a entrevista, em inglês, no twitter: “Com todo respeito, a frase de s.Hawking “O universo é governado pela ciência” é patética”. Em outro tweet, ele completa: “Dizer que “o universo é governado pela ciência” é como dizer que “as lágrimas são governadas pela água salgada“.
PS: O post anterior do blog sobre a entrevista também teve alguns comentários no Facebook, você pode ver aqui.
ok… mas é melhor “errar” com Hawking do que “acertar” com Paulo Coelho…
Nem sei pq essa criatura tão “patética” foi se envolver na conversa….
Colocando de outra maneira, mas buscando o mesmo sentido, isso seria o mesmo que preferir a verdade com paulo coelho ao engano com Stephen Hawking?
Fz uma brincadeira… mas Paulo Coelho não é necessariamente um “mago iluminado” com seus livros e colunas diárias de jornal… Hawking fez um comentário que foi explorado fora do contexto, enfim…
Ninguém é necessariamente o que a gente pensa, né Anderson. Entendo seu ponto. E é natural que a maioria de nós atribua mais valor a um físico estudioso de ponta do que a um escritor de ficção super-popular (embora isso não faça um certo e outro errado por princípio).
As pesquisas de Roger Penrose e Stuart Hameroff apontam para existência da consciência independente do cérebro, o que seria a alma ou espírito, ratificando assim a vida após a morte e contrariando os pensamentos de Hawking, Gleiser e outros.