Parece que (finalmente) alguém fez um filme que representa 2012 como fase do planeta que exigem mudanças humanas e não um coletivo de tragédias naturais que gera pânico e terror. “2012, Time for Change” (85min), filme do escritor Daniel Pinchbeck (Breaking Open the Head: A Psychedelic Journey into the Heart of Contemporary Shamanism) e do diretor brasileiro João Amorim, tenta se aproximar do que seria uma mudança de consciência no planeta, e em sua segunda metade traz ótimos exemplos de como já existem grandes e inspiradores projetos em andamento que podem mudar sistemas humanos que hoje consumem abusivamente e depredam o meio-ambiente. Embora ainda aborde as previsões do calendário maia, mesmo que à distância, o filme traz depoimentos de figuras como Gilberto Gil, Sting, David Lynch, Paul Stamets, Shiva Rea e trechos de grandes vídeos de Buckminster Fuller, Terence McKenna e John Perry Barlow, que mostram a visão da mudança interior que se reflete no exterior e é necessária na fase atual da humanidade no planeta.
O foco na mudança de ação humana está também bem representado na frase que abre o site oficial do filme, 2012timeforchange.com: “from conscious evolution to practical solutions” (da evolução da consciência à soluções práticas).
Embora, particularmente, tenha achado o início do filme alegórico e deixando a desejar em informações mais sólidas, a segunda metade é bem diferente e se concentra numa série de discursos e exemplos que demonstram a necessidade da mudança de consciência e da aplicação dessa mudança em soluções transformadoras. Há também uma importância um pouco desequilibrada dada às experiências lisérgicas como fonte de mudança de consciência, o que não acredito que seja uma solução coletiva permanente e eficaz, mas isso não chega a atrapalhar a obra. Um dos exemplos de mudança prática que o filme mostra segue no trecho abaixo, retirado do filme, que traz o biólogo Paul Stamets, onde ele explica como os cogumelos podem ser de uma ajuda fenomenal na limpeza do meio-ambiente, e mostra imagens impressionantes de como eles já foram usados para ajudar na limpeza de derramamento do óleo. Segue abaixo:
O filme está em cartaz em algumas poucas salas do Brasil, atualmente no Rio (veja data do post) e depois deve seguir para Porto Alegre. Várias partes dele estão online no YouTube, mas não encontrei nenhum site que tivesse a íntegra aberta.
Abaixo segue um teaser do filme, “Tempos pós-modernos” (5min53seg), dublado em português:
Documentário maravilhoso!!!!
ASSISTI A MADRUGADA PASSADA NA GNT E GOSTEI .
GOSTARIA DE SABER SE EM SP HÁ GRUPOS QUE TRABALHAM NESSA DIREÇÃO.
ACREDITO QUE PRECISAMOS DESENVOLVER E CRIAR COLETIVAMENTE NOVAS
MANEIRAS DE PENSAR, DE HUMANIDADE, O OLHAR SOBRE O OUTRO E DE RELIGARE.
LEIO APENAS PENSADORES SISTÊMICOS, ROMPI COM A FRAGMENTAÇÃO DO CONHECIMENTO E ACREDITO QUE A ECOLOGIA NÃO FORA, MAS DENTRO DE CADA UM DE NÓS.
TERENCE MACKENNA, R. SHELDRAKE, GREGORY BATESON, H. LPTON, F. CAPRA. DANAH ZOHRAR, LYNN MARGULLIS. JAMES LOVELOCK,…
DEVEMOS COMEÇAR A MUDAR DE DENTRO PARA FORA E TAMBÉM CREIO QUE O APOCALIPSE É UM RECOMEÇO E NÃO O FIM
MARLENE POVOA