Como sua frase, Salvador Dali nunca foi perfeito, escreveu certo por linhas tortas, e o destino que se refere a ele fez o mesmo. Diz um site sobre ele:
“Faleceu em 20 de janeiro de 1989, aos 84 anos deidade“.
Genial.
Salvador Dali, deidade
More from Nando Pereira (Dharmalog.com)
Você sabe de onde vem seus alimentos? O exemplo dos 149 produtores da Feira de Agricultores Ecologistas [VÍDEO]
“A grande maioria muda quando tem problema de saúde, e nós não...
Leia Mais
You may also like
One reply on “Salvador Dali, deidade”
Comments are closed.
É nois na fita… Para que uma frase se o mundo oferece kitchicentas?
Deuses
Deuses: palavra proparoxítona com acento agudo em todas as letras.
Etimologicamente falando, sua raiz, quando criada, era só semente.
Deuses são sementes que, se moídas e misturadas com água fervendo, resultam num chá de sonhos.
Se eu fosse “deuses” faria um manifesto para acabar com cerimônias tão solenes e cansativas para louvá-los.
Os templos seriam teatros lícitos.
Deuses são nuvens nas camadas longínquas do cérebro, um inconsciente inconsistente de fumaça latente.
Os deuses chovem parietais e frontais. Trovoam e cospem idéias insólitas para os limitados. Sopram a imaginação cérebro afora, corpo adentro.
Deuses têm sangue azul, mas o azul deles pode ser o vermelho nosso. Deuses não são racistas. Eles não sabem o que é gamaglobulina. Deuses não têm sangue negativo, só positivo.
Se eu fosse “deuses” abriria uma loja de plantas. É o melhor que criaram e esqueceram de levar com eles.
Se eu fosse “deuses” levaria a bíblia para ser refeita por inteiro.
Qual é a língua dos deuses? Eles falam em poesia, mas pecam em prosa.
Deuses pecam? Sim, criaram o homem, quer maior pecado do que esse? Nem o homem superou isso!
Deuses têm nome? Sim, mas só eles sabem e não contam pra ninguém.
Qual é a roupa favorita dos deuses? O corpo (modelo básico: dois braços, uma cabeça e duas pernas, com acessórios de série: dedos e pêlos).
Quantos deuses são? Bom, eles não se reproduzem. Então são os que estão, serão os que são. Foram os que serão. São, em números, não tem tradução.
Se eu fosse “deuses” não teria inventado o colesterol.
Se eu fosse “deuses” faria uma pipa com as nuvens do Sul e a deixaria cair no Nordeste para molhar os discursos políticos.
Se eu fosse “deuses” venderia o pão que os deuses amassaram.
Se eu fosse “deuses” usaria o dinheiro dos pães para privatizar o inferno. Abriria uma franquia do paraíso na terra e ficaria no paraíso da terra.
Mas eu não sou “deuses”, nunca fui, nunca serei.
Gosto do libre arbítrio que a igreja oferece, mas pulando a cerca que a igreja condena.
Para que ser “deuses” se eles não podem apalpar a grama com a palma dos pés?