QUANDO NÃO VALE A PENA FAZER IOGA “Todo mundo sabe disso; aqueles que não querem

QUANDO NÃO VALE A PENA FAZER IOGA “Todo mundo sabe disso; aqueles que não querem mudar seu jeito de fazer as coisas ou seu jeito de ser sempre dizem: “Oh! O que você espera, é a natureza humana.” Isso é o que é chamado de “indulgência intencional”. Ou seja, em vez de se conscientizar de que essas são fraquezas e dificuldades no caminho, justificamos essas coisas, dizendo: “Oh! Não pode ser ajudado, é a natureza humana.” Queremos continuar fazendo o que estamos fazendo, sem mudar, estamos cheios de uma indulgência intencional em relação às nossas exigências. Pois a natureza inferior do homem sempre exige coisas; diz: “São necessidades, não posso passar sem elas”. Então, os instintos – uma espécie de instinto de satisfação própria – e pretensões: o ser inferior afirma que tem uma importância considerável e tem que receber o que é necessário para ele, senão não será capaz de viver; afirma que só ele é importante e assim por diante. É tudo isso que cria obstáculos, todos esses movimentos obscuros e ignorantes, todas essas justificativas dos velhos modos de ser: aqueles que se enfurecem e dizem: “O que você espera, não pode ser ajudado”, e tudo que fazemos dizendo: “Oh! É a natureza humana”, tudo o que se justifica dizendo: “O que pode ser feito, as pessoas são assim, não há nada que se possa fazer sobre isso.” É a velha ideia de que nascemos com uma natureza particular e precisamos nos ajustar a ela, porque não podemos mudá-la.

Assim, Sri Aurobindo nos diz que, se alguém não pode mudar a natureza, não vale a pena fazer ioga, pois o ioga é feito precisamente para mudar a natureza, do contrário não tem sentido.” — Mirra Afalssa, “A Mãe” (em “Perguntas e Respostas”, Volume-4)

Imagem: Matrimandir, em Auroville (ÍNDIA), cidade idealizada por Sri Aurobindo e A Mãe. (via Cristiano Richers)

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