“A triste verdade é que a vida real de uma pessoa consiste de um complexo de opo

“A triste verdade é que a vida real de uma pessoa consiste de um complexo de opostos inexoráveis – dia e noite, nascimento e morte, felicidade e miséria, bem e mal. E nem podemos ter certeza que um vai prevalecer sobre o outro, que o bem vai superar o mal, ou que a alegria derrotará a dor. A vida é um campo de batalha. Sempre foi, e sempre será, e se não fosse assim, a existência chegaria ao fim”.
– CARL G. JUNG (em “Man and His Symbols”)

Esse tema é uma questão importante e confusa do caminho do autoconhecimento. Parece que há uma expectativa, talvez grosseira e pouco investigada, que após uma certa iluminação pelo menos alguns desses opostos inexoráveis seriam extintos. Ou completamente superados. Como se os problemas acabassem. Ou como se não houvesse mais doenças. Nenhuma emoção. Nenhum condicionamento.

Mas os opostos sempre estarão aí, em uma certa dimensão. Talvez em outra perspectiva, talvez através de um conhecimento maior, ou de uma transcendência. Mas não me parece que o dia e noite possam ir embora, pelo menos não para quem está nessa Terra girando ao redor de si mesma e ao redor do sol, não para quem tem um corpo que seca e humidifica, que sente frio e calor, que está exposto às mudanças e cuja mente o acompanha diariamente.

O que parece a você?

Arte: @nicebleed

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14 Comments

  1. says: Maria Cristina Carvalho

    Uauuu….vou dormir com está reflexão viu….fiquei super emocionada por entender q não estou sozinha nesta jornada…tem muitos por aí partilhando do viver tão intensamente quanto eu….obrigada ??

  2. says: 12345

    Para mim foi importante este post!
    Percebendo aqui e agora, a experiência da dualidade (bem x mal) ou (bom x ruim) sempre irá existir, o eu passa por esta experiência . A chave para compreensão deste momento é saber-se Consciência, deste Lugar não tem bem x ruim, simplesmente É. Aqui não se decide, simplesmente vive-se a experiência do Agora, o Sim, Simplesmente… acolhe a realidade como ela é.
    Namaste!
    Conhecimento adquirido através das aulas do Professor Marco Schultz.
    Uma boa noite para todos! ??

  3. says: Nati

    São os opostos inexoráveis que fazem com que consigamos ter uma percepção de comparação e de valorização dos momentos que são chamados de bons. O mal é necessário para que enxerguemos o bem, a morte para que valorizemos a vida, a tristeza para que simplifiquemos a felicidade, a miséria para que desmistifiquemos a riqueza. Não é um campo de batalha, é a balança da vida.

  4. says: Patrícia Maria

    Deve ser as energias que estão aflorando em nós, o despertar necessário de cada um a seu tempo, hj escrevi uma reflexão no meu stories, sobre quem tem certeza das coisas …vive em uma ilusão, e qm acha saber , não sabe kkk e ai vem a Terra ? a via láctea nossa galáxia e o cosmos regido por suas próprias leis. E nossa dualidade infinita tbm desde nossa concepção. Boa noite??

  5. says: Li Moreno

    Qdo encontramos nossa essência, não conferimos mais importância às diferenças, elas apenas estarão lá. Ou não, tanto faz.

  6. says: Bruno Zen • Mentoria em Meditação

    É claro que a dualidade não pode ser “extinta” do mundo, como você colocou. A meu ver, o que é transcendido, na mente do iluminado, é o julgamento, e portanto a reatividade. O Buda chamou essa reatividade, que é condicionamento, de Sankara. E sim, ele chegou ao fim do condicionamento. Isso é iluminação. Isso é liberdade. Yoga significa união, unidade, que é a transcendência da dualidade.

  7. says: Maria Cristina Carvalho

    Sempre tive bastante dificuldade em entender o pq só damos valor a vida qdo ela nos é extinguida….veja bem, eu me deparei com muitas mortes ao longo da minha jornada até agora…cada perda pior q a outra, pessoas de importâncias inigualáveis em minha vida…e eu tenho consciência de q a minha urgência em viver e viver intensamente se deve a estas perdas…ainda escuto minha linda Vera me dizendo pra ser a mulher mais incrível e sincera q eu conseguisse ser, mesmo q isto afastasse todos de mim, ela dizia que se estavam indo já iam tarde e covardemente…escuto o Henrique falando q eu devia viver o q ele não poderia viver por ter um câncer o matando aos 33 anos, ainda escuto nossa discussão por ter medo do peso enorme q ele estava me colocando, hoje entendi q não é peso é confiança…ainda posso escutar o breve suspiro da curta vida de Miguel e suas covinhas…como um serzinho pode dizer tanto….todos eles me fizeram honrar a vida q tenho de uma forma q nem eu entendo ainda…todos eles me fizeram perceber q tudo o q temos é este exato momento….todos eles fazem parte de mim e do q sou….e por eles eu entendo q para viver a morte precisa nos dizer oi…q para ser luz preciso visitar minha escuridão….opostos pra mim não se atraem…eles habitam….opososc

  8. says: Ana Paula Dias

    Quando despertamos em consciência tudo é o que é , e está tudo bem ! A dualidade passa a não existir mais ! Tudo se torna 1 ???

  9. says: Maria Cristina Carvalho

    @_dharmalog confesso que fiquei perdida…mas eu quanto mais vivo mas entendo q ainda há muito o q aprende, é como vc disse tudo o q nos cercam realmente são integrações ….é meio enlouquecedor qdo pensamos q tudo e todos estão ligados né ao mesmo tempo q está pode ser a maior simplicidade da existência …toda vida está ligada…estou sentindo q estalou algo mais em mim depois desta sua ajuda em me imergir nesta jornada incrível q é a vida….não há palavras suficientes para expressar a minha gratidão ??

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