“Somos todos doentes mentais. Somos todos iludidos. Somos todos viciados. É só u

“Somos todos doentes mentais. Somos todos iludidos. Somos todos viciados. É só uma questão de grau”.
– ROBINA COURTIN

Isso é difícil de ouvir. Dificílimo, para alguns. Impossível, para tantos outros.

A própria Robina Courtin, a lama budista australiana da tradição Gelug, explica que nós nos ofenderíamos se alguém nos chamasse de delirantes, “mas é exatamente isso que Buda diz”.

A questão não é SE somos iludidos e doentes da mente, mas QUAL (ou quais) é nossa doença, nossa neurose, nossa loucura. Ela está disfarçada, mas nem tanto, sob nossa aparente normalidade.

Mas se for difícil aceitar a doença mental e a ilusão, podemos começar pela parte do “somos todos viciados”. Na mentoria, por exemplo, vemos como somos tão viciados em atividades com disparos de dopamina e resultados mensuráveis sequenciais que não conseguimos estabelecer um espaço de 20 minutos durante o dia que esteja ausente disso. Muitas vezes nem 5 minutos. É como se fossemos adictos severos, em que a “droga” tomou o tempo do dia inteiro e não sobrou mais nada, nem 5 minutos. Veja também como muitos de nós não conseguimos fazer uma abstinência de algum alimento rotineiro, como açúcar, café, chocolate, refrigerante, carboidratos etc. Assim somos, também, com vários tipos de pensamentos, como preocupações, negatividades, emoções, julgamentos e um monte de outras manifestações mentais. Um vício, ou vários.

Sem um detox, não temos como descobrir verdade nenhuma sobre nada desta vida.

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