“Lembre-se, lembre-se, lembre-se, é isso aqui agora, e agora, e agora. Viva, sin

“Lembre-se, lembre-se, lembre-se, é isso aqui agora, e agora, e agora. Viva, sinta, agarre-se. Quero me tornar agudamente consciente de tudo que desprezei ou não dei valor.”
– SYLVIA PLATH

O espírito que Plath escreve esse trecho é de medo, mas parece carregar também a vontade profunda de uma mudança de postura na vida, uma súbita consciência de gratidão e apreciação, e um “diálogo mental” do que pretende viver dali pra frente. Na mesma carta para seu confidente Eddie Cohen, em 1950, ela diz querer “viver cada momento com terrível intensidade”.

Esse trecho é interessante porque contém (1) um imperativo muito semelhante às práticas de atenção consciente (“lembre-se, lembre-se, lembre-se”), (2) a sabedoria da presença absoluta (“é isso aqui agora, e agora, e agora”), (3) a vontade, mais que o dever, de tornar-se consciente de tudo de maneira permanente (“agudamente consciente”) e (4) inclusive das coisas que menosprezou ou viveu inconscientemente.

Uma bela inspiração para todo momento.

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