“O primeiro passo na compaixão é perceber as necessidades do outro. Tudo começa

“O primeiro passo na compaixão é perceber as necessidades do outro. Tudo começa com o simples ato da atenção.”
– DANIEL GOLEMAN

Se estamos com déficit de atenção para nós mesmos, imagine para os outros.

Parace que estamos dando atenção para nós mesmos quando tentamos nos satisfazer com todas essas coisas que fazemos, trabalhamos, nos entretemos, nos distraimos. Mas elas não são uma atenção a nós mesmos, são uma distração. Acentua o individualismo, porque é de mim pra mim, mas não nos satisfaz, justamente pela carência de presença e atenção.

Então para despertar a compaixão é necessário dar um “passo atrás”. Esse passo é perceber a necessidade do outro, na frase do Goleman. Não vamos despertar compaixão enquanto nossa atenção não tiver um mínimo com o outro. Como vou perceber a necessidade dele se não me interesso por ele? Se minha atenção não vai para o outro de nenhuma maneira decente? Zero chance.

Aí surge a pergunta: consigo me interessar o mínimo pelo outro para que minha atenção flua pra ele, verdadeiramente, e eu perceba o que ele precisa?

Outra pergunta: É possível que eu deixe a ocupação com minhas próprias necessidades para me abrir à necessidade do outro?

Há espaço pra isso? Ou minha agenda já está entulhada de afazeres e desejos? Ou a lista das minhas próprias necessidades não abre espaço para a necessidade de ninguém mais?

Veja como nosso engajamento inconsciente com muitas atividades e muitos desejos particulares nos desliga do outro, da necessidade do outro e até mesmo da simples atenção a ele.

A compaixão não tem nenhuma chance nesse cenário.

E sem compaixão, cada um atendendo suas próprias necessidades, secando a conexão com os outros e ocupando o tempo todo só consigo mesmo, que mundo essa atitude vai construir?

Até onde consigo ver, se não desafogarmos nosso tempo de tanta coisa e se não abrirmos interesse pra quem está fora de nós, as perspectivas de saúde e sanidade individual e coletiva não são boas.

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9 Comments

  1. says: Marcelo De Freitas

    É preciso também ter discernimento para ter compaixão. De outra forma, nos tornamos escravos do nosso próprio sentimentalismo ou dos caprichos alheios.

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