“É preciso escolher. Porque o tempo foge. Não há tempo para tudo”: Rubem Alves

NÃO VAI DAR TEMPO

“É preciso escolher. Porque o tempo foge. Não há tempo para tudo. Não poderei escutar todas as músicas que desejo, não poderei ler todos os livros que desejo, não poderei abraçar todas as pessoas que desejo. É necessário aprender a arte de “abrir mão” – a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial.”
– RUBEM ALVES

Se você está lendo esse post na data da publicação original, hoje é uma segunda-feira (de um início de ano), aquele dia onde a gente olha a “semana inteira pela frente” (e talvez o ano também). Podemos refletir o que nela é essencial pra gente? Em que momentos nela vamos fazer aquilo que é essencial? O essencial está contemplado? Ou passarei a semana ocupado com outras coisas?

Sei que temos algumas obrigações aparentemente inadiáveis. São mesmo? E o resto? Está apropriadamente alocado?

Aqui no Dharmalog a gente compartilha muito as inquietações espirituais, buscas, reflexões, leituras, práticas de meditação e o interesse em autoconhecimento e numa vida significativa. Isso é essencial pra você? Faz parte da sua semana de alguma forma?

“É preciso escolher. Abrir mão. A fim de nos dedicarmos aquilo que é essencial”.

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Videoarte: @nicebleed ?

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15 Comments

  1. says: Daniela Fregonese

    De fato, um contraste poderoso essa imagem: borboletas e flores coloridas crescendo do solo- simbolizando os ciclos da natureza, nos remetem à beleza, metamorfose e transformação e também à delicadeza, sutileza, inconstância, fragilidade e brevidade da vida. No mesmo solo, ossos: eles que dão estrutura, nos sustentam eretos…aí, ainda que tão lindamente depositados, escancaram a finitude e interrupção do sonho da existência. Os dois esqueletos representam ainda nossas fantasias românticas e a busca de um parceiro – o lado humano instintivo de não querer estar só, pelo medo da solidão e da morte. Seja como for: de um corpo com o qual me identifico somente uma carcaça restará, e também por pouco tempo, até que o último osso vire pó no solo, vire cinzas ou minerais e adube novas flores. Thich Nhat Hanh diz:
    “A vida é preciosa. Ela está em toda parte, dentro de nós e em volta de nós; ela tem muitas formas. O primeiro treinamento para a mente alerta nasceu da constatação de que a vida está sendo destruída em toda parte.” Vemos o sofrimento causado pela destruição da vida, refletimos sobre a impermanência- e nos comprometemos a fazer o essencial ??? Com paciência e generosidade conosco, seguimos num percurso que se desvia, mas volta – pois a tendência é ver somente as borboletas e flores…

  2. says: Glória Helena Salviano

    Parece paradoxal. “Não vai dar tempo” é de quem “escolheu que “não vai dar tempo”. E abrir mão, deixar ir, é o que abre espaço para as coisas fluírem.

  3. says: Maria Cristina Carvalho

    Nossa que baita reflexão heim, li isto mais cedo e ficou na cabeça…entrou no coração…abrir mão, aliás, definir do q se deve abrir mão, é mega difícil…tenho percebido o quanto a meditação é importante neste processo…o meditar tende a trazer estas decisões…é acho q a palavra certa pra mim é decidir…qdo algo me angústia muito ou me causa está sensação de estar perdida…eu sento…deixo vir e ir cada pensamento…me sinto mais no meu centro…mas me trouxe um mega rasgo no coração está reflexão…abrir mão não é fácil viu….e seguir, deixar fluir para seguir é uma luta diária com a mente…muito obrigada por esta entrega ????

  4. says: Zonder Duisternis

    …..O essencial é tocar a existência……senti-la…….vivenciá-la……..a partir daí a “Ordem” é restabelecida……os processos se alinham…..e nos deixam uma sensação de “Utilidade”……e ser útil é estar apto ao trabalho sempre que formos convocados !!!

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