“Curiosidade é precisamente o oposto da agressão”.
// CHOGYAM TRUNGPA RINPOCHE
A curiosidade faz a gente abrir as portas, enquanto a agressão fecha.
A curiosidade não assume nada fixo e rígido, mas nos orienta a olhar mais de perto, a descobrir, a explorar e a fazer contato com as coisas como são (“as coisas como são” é uma das traduções para “dharma”). A curiosidade é a mente aberta, no espaço dela mesma.
Veja numa simples discussão entre duas pessoas: se há curiosidade, então haverá profundidade, escuta, abertura, respeito, aproximação, exploração, possibilidades. Se há agressão, então haverá distância, rigidez, surdez, falta de exploração, limitação e rara descoberta.
“Com a agressão, temos sentimentos ruins sobre nós; ou nos sentimos tremendamente corretos, os únicos que estão certos, ou nos sentimos irritados porque alguém está nos destruindo”. (CTR)
Essa semana li uma frase da artista e irmã do Dharma Silvia Strass que diz que “acolher é a coragem de criar intimidade”. Que bonito isso: acolher como abrir-se para deixar algo se aproximar da gente, e para a gente se aproximar desse algo. Sem medo, sem agressão.
A partir disso, pense então naquela frase famosa de mestre Dogen, “iluminação é intimidade com todas as coisas”.
E então fechamos de volta com Chogyam Trungpa: “O propósito do Dharma é superar a agressão”.
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Pq?
É um tema vasto e super interessante para uma discussão nos mais diversos níveis. Há, infelizmente, exemplos infindáveis de agressão física e moral ao nosso redor: guerras, agressões ao meio ambiente, agressões diárias ao próximo e a si mesmo. Se não houvesse agressão, o mundo seria tão diferente!
Eu tenho, em geral, aversão a agressão, mas obviamente sou agressiva (ainda que não tão explicitamente), senão não a sentiria, certo?
Ela foi necessária, nos primórdios, para nós e outros animais, garantindo a sobrevivência da espécie. Hoje, em sociedades abastadas, há desvios em sua manifestação de todos os tipos. Há quem sinta grande prazer na agressão, aproximando-se de seus antepassados: como disse um escritor- traz a imagem da mulher das cavernas, escolhida e puxada pelos cabelos pelo caçador ensanguentado como prêmio de sua caçada. Matar era venerável, por isso escolhia seu prêmio.
Urge transpor os modelos agressivos.
Que possamos manifestar lados bons, curiosos, amáveis.
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Incrível ???