“Esperando para começar a viver” pode significar muita coisa. Podemos contemplar isso com sinceridade e profundidade em nossa própria vida e ver se e como se aplica a nós.
“Esperando para começar a viver” pode ser ignorar oportunidades de trabalhar no que nos toca ou nos chama.
“Esperando pra começar a viver” pode ser se esconder dentro de um apartamento ou de uma rotina e não se arriscar em nada, não tentar nada novo, nada emocionante ou desconhecido.
“Esperando pra começar a viver” pode ser não se mover nos seus problemas internos, não deixar de ser preguiçoso, não trabalhar sobre o orgulho, não trabalhar sobre a raiva, a desorganização, a antipatia. Não aprender a pedir desculpas, não abrir a mente, não entender o outro, não aprender a amar.
“Esperando pra começar a viver” pode ser não buscar nenhum conhecimento, não questionar nada, dando passos de tartaruga na própria vida, à espera de algo que nem sabe o que, e não busca saber.
“Esperando pra começar a viver” pode ser estacionar num relacionamento ruim, sem saber como se mover e esperando que algo caia dos céus, ou estagnar numa rotina que lhe seja benéfica em algum nível mas lhe mate o coração, os pulmões e a alma.
Mas seja qual for a dimensão da espera, esperar pra viver é realmente não estar vivo, é perder a presença, é perder este agora que é o único lugar onde há vida. Se estamos esperando seja o que for, não estamos inteiros aqui. Se estamos inteiros aqui, não estamos esperando seja o que for. E há vida.
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