Dois documentários realtivamente recentes, “Numen – The Nature of Plants” (Numen, a Natureza das Plantas), de 2009, e “The Sacred Science” (A Ciência Sagrada), de 2011, exploram o poder da conexão profunda dos seres humanos com as plantas e a necessidade de uma “viagem de volta” à cura contida nessas energias vegetais essenciais. Em “Numen“, o foco é o cenário de desconexão humana com a natureza e a perda da saúde por causa dos métodos industriais predominantes, e uma apresentação de como o elo com a natureza é fundamental para vida. Em “The Sacred Science“, a história é na Amazônia, uma viagem à maior floresta e à maioria variedade de flora do planeta para re-descobri-la através de tentativa de cura de oito pessoas adoecidas por diferentes males — como Parkinson, diabetes tipo-II, câncer de próstata e depressão –, todos eles com receitas intoleráveis de tratamento convencional e dispostos a viajar à Amazônia para se curarem. Cinco deles voltaram com resultados positivos, dois deles voltaram desapontados, um deles não voltou.
Ambos os documentários tem informações valiosas e relatam experiências e visões interessantes, seja através das entrevistas em “Numen” ou do trajeto dos doentes dentro de suas cabanas no meio do mato na Amazônia. Ainda assim, ambos os filmes não se aprofundam em um dos lados mais fascinantes do tema: como as plantas fazem o que fazem. Ou de como os corpos humanos fazem o que fazem quando em contato com essas plantas. Em “Numen” há bastante tempo dedicado à problemas do mundo industrial contemporâneo, e em “The Sacred Science” há o registro da narrativa humana em processo de cura dentro dos coquetéis verdes, e cita nomes de plantas, mas não chega a se aprofundar.
O aspecto mais interessante de “The Sacred Science” é o processo terapêutico que acontece naturalmente no isolamento, no contato com o silêncio, no mergulho nas energias verdes da floresta e, consequentemente, em si mesmos. Tristeza, medo, resistência, não-aceitação, descoberta, dúvida, liberdade, luta, despreendimento, insight, integração, tudo aparece, e também, nessa viagem, a ajuda da experiência de plantas e chás como a Ayahuasca. “A primeira coisa que você faz quando tem uma doença é negá-la, empurrá-la pra fora, dizendo que não é sua, que não quer ela pra você“, diz o guia espiritual dos shamãs peruanos. E assim, nessa viagem, também se passa pelo lugar onde se aceita a doença, onde não se nega, não se finge, não se corre.
“O que quer que tenham dado pra mim, estou sem sintomas desde então, por isso estou muito feliz. Eu estava bastante desesperada quando cheguei aqui. Recebi muuuuito mais do que saúde física, e a saúde física veio bem rapidamente. Estou muito agradecida”.
~ Gretchen, uma das pacientes, em “The Sacred Science“
Mais informações nos sites oficiais:
www.thesacredscience.com (na data de publicação deste post, este link permitia assistir ao filme na íntegra, em inglês)
O trailer de “Numen” (em inglês):
O trailer de “The Sacred Science” (inglês):
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PLANTAS, os seres mais desprendidos da Natureza! Nos dão ‘tudo’ sem pedir nada em troca. Acho que têm um tipo de ‘consciência’…
Em “The Sacred Science”, o local onde eles ficam parece ser um centro de tratamento no meio da floresta.. É isso mesmo? Eles recebem pessoas ou foi uma experiência única, só para o documentário? Se alguém souber, fico agradecida =)