Correndo de um lugar para outro sem sair do lugar: reflexões e confissões de Yehuda Berg & Santo Agostinho

Dois discursos, um de um rabino americano contemporâneo e o outro de um célebre bispo e teólogo cristão de dezessete séculos atrás, trazem insights para nossas vidas atribuladas e cheias de movimentos, muitos deles movimentos que nos mantém parados no mesmo lugar, algumas vezes sem sequer percebermos — ainda com o olhar voltado para fora em busca de descobertas. Yehuda Berg, autor de “O Poder da Kaballah” e “Os 72 Nomes de Deus”, descendente de uma linha de rabinos e um dos diretores do The Kaballah Center de Los Angeles (EUA), fala quase psicoterapeuticamente dos movimentos e da correria que produzimos cegamente, sem entender o “caos que parece nos seguir”. A outra frase é um trecho das famosas “Confissões” (~397) do teólogo, bispo e filósofo da Igreja Católica Santo Agostinho, que escreveu essa reflexão após comentar como se sentia instigado a explorar as profundidades do seu ser e de sua memória, uma faculdade até então obscura e fantástica.

Primeiro, Yehuda Berg:

“Podemos viajar grandes distâncias, mas continuar onde estamos.

Às vezes passamos a vida correndo de um lugar para outro, mas permanecemos a mesma pessoa. É por esse motivo que o mesmo tipo de situação, pessoas e caos parece nos seguir, não importa onde estejamos, até que descubramos as lições que devemos aprender e que tenhamos feito uma mudança interna.

Crescimento pessoal tem pouco a ver com o lugar onde estamos e tudo a ver com como estamos.”
~ Yehuda Berg

E abaixo, o trecho de “Confissões“:

“Os homens viajam para se maravilharem com
a altura das montanhas
as ondas imensas do mar
os longos cursos dos rios
o vasto âmbito do oceano
o movimento circular das estrelas
e passam por si mesmos sem se maravilhar.”
Santo Agostinho (354-430), em “Confissões”

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Compartilhado por Mariana Carola Cogswell.
Foto de Yehuda Berg @ Facebook.

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11 Comments

  1. says: Vitoria

    Hoje assistia o Sem Censura, TV Cultura e uma professora da PUC alertava sobre o ensino tradicional e dizia: “tudo está relacionado a leitura. Se fizer a leitura de um livro, sem se entregar, deixar envolver, emocionar, mover… Nada acontece. Tem que fazer sentido pq os sentidos que impulsionan, movem e provocam verdadeiras mudanças. Quem consegue essa leitura, consegue ler e aprender qualquer coisa.

  2. says: Vitor

    Gosto muito do dharmalog e adoraria compartilhar o conteúdo do blog nas redes sociais. Solicite ao webmaster para atualizar o plugin social do wp ao fim da pagina, para facilitar essa interação. Digg Digg, GetSocial, Wp socializer, entre outros. Grato..

    1. Oi Vitor, essa URL que você enviou é para colocar o activity feed no site (dharmalog.com), o que pode ser feito, mas a questão do compartilhamento é outra, certo? Você sugere isso para que você consiga ver o que acontece no Facebook aqui no site? Estou apenas buscando entender melhor, agradeço tua ajuda.

      PS: O maior problema da timeline atualmente é a despriorização automática que o Facebook deu para todas as páginas, limitando a visibilidade agora apenas aos usuários mais ativos ou aos que escolheram ver todas as atualizações. É uma maneira de forçar o uso da ferramenta de promoção paga deles.

      Um abraço,
      Nando

    2. says: Vitor

      Oi Nando.. aquela URL é da página de Developer do Facebook. Lá é possivel vc criar o código do botão de Recomendar [Like Button > Verb to display: Recommend > Get Code]. Isso vai facilitar a visualização do conteúdo do blog na Timeline de quem Recomendar. No momento, com o plugin utilizado só é possível enviar por mensagem ou Curtir, o que não gera tanta visibilidade.

      Mas minha sugestão é inserir um plugin mais atual, como Digg Digg, Socializer ou outro, que possua maior interação com outras Redes Sociais e aumente a propagação do conteúdo publicado. Creio que muitas outras pessoas podem ser beneficiadas com o conhecimento disseminado pelo Dharmalog!

      Se precisar, me contacte via email. Até breve!

  3. says: Fabiano

    “Crescimento pessoal tem pouco a ver com o lugar onde estamos e tudo a ver com como estamos.”

    Precisando mesmo internalizar, compreender isso. Agradeço o carinho. :-)

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