“A linha de argumentação desenvolvida pelo filósofo Schopenhauer, em 1851, exerceu uma influência decisiva em diversos autores. Nossa imagem do universo, na opinião dele, é alcançada pelo fato de nosso intelecto tomar as impressões que o atingem de fora e remodelá-las segundo as formas de tempo, espaço e causalidade. Durante o dia, os estímulos vindos do interior do organismo, do sistema nervoso simpático, exercem, no máximo, um efeito inconsciente sobre nosso estado de espírito. Mas, à noite, quando já não somos ensurdecidos pelas impressões do dia, as que provêm de dentro são capazes de atrair a atenção — do mesmo modo que, à noite, podemos ouvir o murmúrio de um regato que é abafado pelos ruídos diurnos. Mas, como pode o intelecto reagir a esses estímulos senão exercendo sobre eles sua própria função específica? Os estímulos por conseguinte, são remodeladoscomo formas que ocupam espaço e tempo e obedecem às regras da causalidade, e assim surgem os sonhos [cf. Schopenhauer, 1862, 1, 249 e segs.].”
~ Sigmund Freud, em “A Interpretação dos Sonhos” (pg 45)
E assim surgem os sonhos: Sigmund Freud explica a gênese dos sonhos usando a tese de Schopenhauer
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Os pensadores citados nos falam que os sonhos são a expressão de nosso inconsciente. Comparam os ruídos do dia com os silêncios da noite, onde apreendemos coisas que nos escapam quando estamos em vigília.Daí dizermos que os sonhos são as verdadeiras impressões do nosso eu e não o que sentimos quando acordados.