Reflexão sobre mentes e telas de Denzel Washington em 2017 (mas podia ser hoje)

Esse vídeo do Denzel Washington é de 2017 e talvez você já tenha visto.

2017 é relativamente pouco tempo, faz apenas 6 anos, mas era praticamente outra realidade. Não havíamos passado pela pandemia. O mundo ainda não sabia que dava pra fazer absolutamente tudo pelo celular. Agora sabe. E faz.

Em 2017 o principal problema ainda era a vontade de ganhar likes, ou de conseguir sobreviver ao “FOMO” (Fear of Missing Out), aquela espécie de síndrome que nos dá a impressão de que estamos perdendo as melhores coisas da vida, que nossa vida não é legal como a dos outros. Um efeito colateral de muira gente publicando os 3 minutos mais legais da sua semana numa única avenida de visualização. Era o ápice do Instagram e do Facebook.

Hoje temos TikTok, Instagram Reels, YouTube Shorts e daí pra baixo.

Em 2023 o problema é pior, é o vício no scroll infinito, nas redes sociais e os sintomas que eles trazem – a falta de concentração (déficit de atenção), a procrastinação persistente e a desmotivação. Você já sentiu esses sintomas, não sentiu? Ou talvez esteja sentindo nesse exato momento. Eles vem e vão, quase que em proporção exata à quantidade de uso do celular.

Para qualquer pessoa esses sintomas já estão causando um mal estar terrível, mas para quem está envolvido com alguma prática como a meditação é ainda pior. Porque, entre outras coisas, a meditação treina a concentração e a capacidade de ficarmos em silêncio – e sem estímulos externos – por um bom tempo. O celular treina o contrário: atenção estilhaçada em micro-partículas, drenagem da motivação pela exaustação da dopamina e incapacidade de sustentar uma experiência em paz sem estímulos. Entre outros problemas tão ou mais sérios que este.

Não é pouca coisa.

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Semana que vem faremos o segundo encontro online MENTES & TELAS, pra falar exatamente disso.

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Publicado no Instagram do @_dharmalog. Siga aqui

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