“É fácil ter calma na inatividade, é difícil ter calma na atividade, mas calma n

“É fácil ter calma na inatividade,
é difícil ter calma na atividade,
mas calma na atividade é
a verdadeira calma”.
– SHUNRYU SUZUKI (em “Mente Zen, Mente de Principiante”)

Não exatamente porque a calma na atividade em si é verdadeira (e na inatividade não), mas porque na atividade ela está sendo colocada à prova, para se mostrar como calma real ou apenas calma em um ambiente propício (ou seja, dependente do ambiente).

A calma na atividade mostra que ela está ancorada internamente, como algo desenvolvido internamente, e não só fruto de um ambiente adequado.

Essa calma não cai do céu. Precisa ser desenvolvida com empenho.

“Depois de ter praticado por algum tempo, você se aperceberá de que não é possível progredir de modo rápido e extraordinário. Mesmo que você se esforce bastante, o progresso ocorrerá pouco a pouco. Não é como quando você entra no chuveiro e sabe quando fica molhado. Num nevoeiro você não percebe que está se molhando mas, à medida que segue andando, fica mais e mais molhado. Se você tiver uma idéia formada de progresso, poderá dizer: “Oh! essa lentidão é terrível”. Mas de fato não é.”
(Shunryu Suzuki, idem)

Aí sim, começamos treinando a calma na inatividade, estabelecendo ela mais e mais como uma capacidade interna real, e então vamos treinando sua expansão para a atividade. Firmando-a entre estrondos e tremores das atividades da vida.

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14 Comments

  1. says: As Belezas do Rio ??

    O que tem real valor por Ella Wheeler Wilcox

    Como é simples ser amável
    quando a vida flui tão suave
    quanto uma doce canção

    Mas valor verdadeiro
    cabe a quem for capaz de sorrir
    quando dá tudo errado

    Pois um coração é medido
    pelas pedras no seu caminho
    ao longo de anos e anos de vida
    e as pedras são inevitáveis

    Mas aquele sorriso que leva a terra a cantar
    preenche de luz
    até mesmo os olhos
    marejados por torrentes de sal

    É bem fácil ser prudente
    se nada nos seduz
    quando nem fora nem dentro
    ouvimos ecoar o canto da sereia maligna
    exigindo para si nossa alma

    Mas isso é apenas virtude negativa
    até o momento da prova de fogo

    E a vida que vale as loas da terra
    é aquela capaz de driblar o desejo

    Os cínicos, tristes e decaídos
    sem forças sequer para batalhar
    entopem os caminhos do mundo
    entopem até mesmo a própria vida

    Enquanto a virtude que vence a paixão
    e a tristeza que se transfigura em sorriso
    são joias raras de tamanho valor
    que inspiram todas as loas da terra

  2. says: Lene Saldanha

    Quando a gente abraça essa lentidão ciente que ela é amorosa tudo se acalma dentro da gente. Renasce a leveza. E deixamos de querer chegar a algum lugar porque sabemos, não há lugar algum para chegar, mas só o caminhar…E o desfrutar desse caminhar…passamos a olhar tudo com mais curiosidade e menos desejo. Desfrutar…Sempre. Não há esforço. Há motivação. ??

  3. says: Lan Dellaflora

    Gostei muito desta passagem comparando a mudança, o progresso, com o nevoeiro. Pude ver minha trajetória de vida dos últimos dez anos desenhada nessa analogia.

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