“Porque aí eu serei suficiente”. – JIM CARREY Ah, a eterna (percepção equivocad

“Porque aí eu serei suficiente”.
– JIM CARREY

Ah, a eterna (percepção equivocada da eterna) insuficiência humana! Aqui está bem delineada nesse discurso espirituosamente irônico do ator Jim Carrey na premiação do Globo de Ouro de 2016, que já se tornou um clássico (busque no YouTube ou Insta a qualquer tempo e você verá alguém reproduzindo, retraduzindo, redescobrindo, remixando). Se alguém não viu, ou não teve a oportunidade de assistir com legendas em português, segue aqui nesse Reels.

Mais do que uma brincadeira muito bem colocada com a fama e a fantasia de que os atores são pessoais especiais, o que Carrey transmite é a patética e infindável busca por ser suficiente que praticamente todos nós travamos em nossas vidas, e que está especialmente aparente numa premiação desse tipo. A impressão que todos dividimos é essa insuficiência e ambição pelo alcance de uma suficiência futura será resolvida após a próxima conquista, o próximo prêmio, o próximo filme, ou, em nosso caso (que não estamos em Hollywood), após uma meta de carreira, família, relacionamento, dinheiro, viagem, prazer, sucesso ou o que quer que queiramos elejer como o Santo Graal da nossa suficiência.

“Aí, então, serei suficiente”.

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15 Comments

  1. says: Marlova Lova

    Gente! Nunca um post traduziu tão bem e tão facilmente o que eu penso atualmente no alto dos meus 52 anos e depois de ter vivido algumas rasteiras da vida. Obrigada! Vou salvar pra quando alguém vier com discurso do desse tipo, eu tiro o celular do bolso e leio este post! ?????

  2. says: [C l e] y d e . E n g e l k e

    …pois é, com essa consciência de suficiência ele se despede (ou dá um tempo, quem sabe?) dessa carreira. Vale outro post do Carrey de agora. Afinal, quem mais a pessoa seria senão a de agora?

  3. says: Glaucia Guarino

    Exatamente… um ego em que nada é nem nunca será suficiente. Sempre falo que se vc não é suficiente só com vc, não será suficiente com dinheiro e com vários prêmios. Que triste essa valoração de ter que correr sempre, vencer sempre, ser sempre o melhor…

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