“Não se engajar em ignorância é sabedoria.” – BODHIDHARMA (440-528 DC) Essa afi

“Não se engajar em ignorância é sabedoria.”
– BODHIDHARMA (440-528 DC)

Essa afirmação inverte o sentido que naturalmente damos à ignorância, que seria algo vazio, um estado de ausência de conhecimento, um estado primitivo tolo sem valor. E a sabedoria seria algo “construído”, edificado, como uma espécie de acúmulo de conhecimento, como uma formação universitária, só que através da vida.

Mas o que Bodhidharma faz aqui é dizer que a ignorância é que foi construída e edificada, que ela é algo que está ativo e perturbando nossa vida. Que a ignorância é um modo de operar e de viver que, se não nos engajarmos nela, se não nos envolvermos, se tornará – de alguma forma – sabedoria.

Mas como? Bodhidharma não explica sua frase, mas certamente há um papel primordial da consciência, da atenção consciente, da presença consciente, pela qual podemos ver a ignorância e não nos engajar nela. Ver a ignorância e não se engajar nela é ser sábio. Não é que não se engajar na ignorância VAI NOS LEVAR à sabedoria: não se engajar É a sabedoria.

Osho faz uma provocação com essa frase de Bodhidharma e troca a palavra “ignorância” por “conhecimento”. Assim, a frase fica “não se engajar em conhecimento é sabedoria”. Para Osho, o conhecimento é uma forma de se esconder da ignorância. Veja, não é eliminar ou superar a ignorância, mas se esconder. “No momento que você abandona todo conhecimento, você abandona toda ignorância”, diz ele.

Para contemplarmos.

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3 Comments

  1. says: Maicon Bonini Faria

    As vezes a gente se debate ao tentar usar o cotidiano como caminho espiritual. No trabalho há a exigência de maior aprofundamento em conhecimento, atualização. E diversas vezes nos deparamos com o hiato que há entre o conhecimento e a solução (ou não) de determinado problema.

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