“Apesar de temermos conscientemente não sermos amados, o temor real, ainda que inconsciente, é o de amar.”
– ERICH FROMM (em “A Arte de Amar”)
Fromm diz logo na frase seguinte que amar é “entregar-se sem garantias”. É um ato de fé. Ele tenta falar da fé, mas se abstém depois de um certo tempo, pois é algo poético, ele diz. Como uma confiança de base, pré-embutida, ao mesmo tempo sutil e forte, que traz em si nenhuma garantia.
Logo depois ele emenda dizendo que é um entregar-se sem garantias “na esperança de que nosso amor produzirá amor na pessoa amada”. Essa expectativa é um problema, e não sei se entendo ou concordo com o que Fromm diz aqui. Talvez, se for de maneira muito leve e sutil, isso seja um desejo saudável. Talvez, se não for obrigatório, talvez, se o amante não se sentir não-amado, talvez talvez. Mas a parte do sem garantias é mais importante, porque é sem demandas. A demanda quebra o amor.
Mas o importante da frase original colocada acima é o medo de amar. Isso precisa de uma boa reflexão. Porque temeríamos amar? O que há de tão assustador nisso?
A autora americana Marianne Williamson diz que “nosso maior medo não é o de sermos inadequados, mas o de sermos poderosos além da nossa imaginação”. Ela diz que tememos saber quem somos. “Quem sou eu para ser brilhante, talentoso, fabuloso?”
Adaptando ao Fromm: quem sou eu para ser tão capaz de amar?
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