SILÊNCIO VS CHOQUE
Foram 11 estudos envolvendo vários pesquisadores, como o psicólogo Timothy Wilson (autor de “Redirect” e “Strangers to Ourselves”), entre as Universidades de Harvard e de Virginia (EUA), e publicados na revista Science (em 2014), que pediu a um grupo variado de pessoas (várias idades e de ambos os sexos) que fizessem uma série de escolhas entra duas atividades. Entre elas, perguntou se as pessoas preferiam:
1) Ficar sozinha numa sala sem nada – sem celulares ou leituras.
2) Levar um choque elétrico.
Dos 18 homens pesquisados, 12 preferiram o choque elétrico (67%). Das 24 mulheres, 6 preferiram o choque (25%).
E o tempo estipulado para realizar a escolha era de apenas 15 minutos, ou seja, ainda que por pouco tempo, as pessoas consideraram o choque elétrico como melhor opção, e assim optaram (de fato levaram o choque no laboratório).
Embora a própria matéria da Universidade de Virginia diga que “a maioria das pessoas não se sente confortável dentro da própria cabeça” (referindo-se às escolhas pela opção 2), o título só é parcialmente válido, e tecnicamente só válido para a resposta do grupo dos homens, pois nem os dois grupos somados perfazem a maioria (18 vs 42). O que o resultado se baseia é que a maioria dos participantes declarou desconforto, mesmo entre os que escolheram ficar na sala sozinhos quietos.
O que exatamente determina tais escolhas não é consenso entre os pesquisadores, e varia entre desconforto com a própria mente, atração pelo movimento externo e distração, e impaciência.
Dá o que pensar, principalmente se considerarmos que não havia nenhuma premiação envolvida a quem fizesse alguma das escolhas, nenhuma pressa e nenhuma outra implicação externa. Se apenas uma pessoa escolhesse o choque, já seria surpreendente.
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FONTE: Para ler a matéria original (site da Universidade de Virginia), digite “doing something study virginia” no Google, deve ser o primeiro resultado.
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