“O ego deve se exaurir como um sapato velho, viajando do sofrimento até a liberação.”
– CHOGYAM TRUNGPA RINPOCHE
Ele diz: “Temos apenas que abandonar o esforço de nos garantir e nos solidificar e o estado desperto está presente. Mas logo nos damos conta que apenas “deixar ir” (soltar, deixar fluir) só é possível por curtos períodos. Precisamos de disciplina para nos levar até o “deixar ser”. Precisamos andar um caminho espiritual. O ego deve se exaurir como um sapato velho, viajando do sofrimento até a liberação”.
E um passo-chave ele transmite no mesmo trecho: “muitas pessoas cometem o equívoco de pensar que, uma vez que o ego é a raiz do sofrimento, então o objetivo da espiritualidade deve ser conquistar e destruir o ego. Elas se esforçam para destruir a influência pesada do ego, apenas para descobrir que essa luta é apenas mais uma expressão do próprio ego. Vamos pra lá e pra cá tentando nos aprimorar através dessa luta, até nos darmos conta que a ambição de nos aprimorarmos é em si um problema.”
O caminho (além de deixar o ego se esgotar ao longo dos quilômetros) é quando “começamos a perceber que há uma qualidade desperta e sana dentro de nós”. Que se manifesta nos intervalos da luta, do esforço, dos aprimoramentos. Aí que finalmente podemos compreender que essa qualidade já presente e despertar é a prática, e não o esforço para conquistar alguma coisa. Aqui entra a meditação. O descanso. O “deixar ir” e o “deixar ser”. Um caminho de longa distância.
Do livro “Além do Materialismo Espiritual” (1971).
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