“Numa época de constante movimento, nada é tão urgente quanto sentar-se quieto”.
– PICO IYER
Lá no fundo a gente sabe que gosta, e a gente sabe que precisa. Mais do que nunca. Veja o domingo. Ainda que muitas vezes a gente entulhe o dia de movimento, o parar é salutar e necessário. A quietude. O silêncio. E quanto mais pesado e agitado de movimento é a semana, mais queremos o domingo.
Mas Pico Iyer não está falando de domingos (Nilton Bonder já falou que até os domingos precisam de pausas, até eles). Pico está falando do movimento constante da vida, desta época de exagerado movimento. Externo e interno.
Movimento movimento movimento. Todos os dias. Só pára quando esbarra numa grande estafa, no sono ou em remédio pra dormir. Quando esbarra.
“Depois eu paro”.
Quando é depois para o movimento constante?
Acho que o movimento traz a promessa de uma solução mais objetiva e imediata. Um filme, uma atividade, um resultado, um prazer, uma cerveja, uma corrida, um curso, uma conversa, uma tarefa, um isso, um aquilo, dois, três, quatro, infinito. O movimento promete um alívio rápido mas entrega pouco e precisa ser reativado de novo e de novo. Vira uma compulsão. E aí um condicionamento, uma carência de consciência.
Na quietude há uma vida incomum, pouco habitada. Profunda, que não entrega resultados assim objetivos, mas que contém vida. Muita vida. Contém consciência.
Contemplemos. Sentados, quietos.
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Meus pais tinham esse hábito. Cidade do interior onde à tarde, um pouco antes do Sol se por, as cadeiras na calçada ou na calçada mesmo. Lembro tanto disso. Eu corria pro lado do meu pai e ficava enrolando seus cabelos nos meus dedos. Que delícia de tempo! ??
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