“Quando alguém tenta desesperadamente ser bom e maravilhoso e perfeito, tanto mais sua sombra desenvolve a tendência de ser escura e maligna e destrutiva”.
– CARL JUNG (em “Visions Seminar”)
Está aí uma descrição simples e clara da sombra na vida real cotidiana.
E é fundamental ter em mente que Carl Jung não foi um teórico da psicologia, mas um empiricista. Ele afirmava o que ele via acontecendo, de forma repetitiva, nos seus atendimentos e pesquisas. Esse tipo de afirmação vem da sua experiência e não da hipótese ou da especulação.
Ele vai mais fundo e diz que “se alguém tenta ir além das suas capacidades para ser perfeito, a sombra desce ao inferno e se torna o diabo”.
Mas o que isso significa?
Mas, então, não devo tentar ser bom? Não devo almejar a perfeição?
Essa pergunta é complexa e perigosa. Certamente essa não é a questão aqui. A questão aqui é o esforço hercúleo (“desesperado”) para se mostrar de um jeito (“persona”) que esconde o jeito oposto (“sombra”) na própria pessoa que faz o esforço. Esse é o âmago da sombra.
E por que se faz tanto esse esforço? Justamente para “negar” aqueles traços que existem em si mesmo. Porque alguém se esforça desesperadamente para se mostrar superior? Cada segundo investido no esforço de criar a persona é um segundo gasto na repressão da sombra – e, assim, ela cresce. Se isso se torna algo realmente muito crônica e sério, isso se alastra até criar o inferno e o diabo (que, para Jung, era a soma das escuridões humanas).
Quando uma pessoa aceita sua sombra, e a integra, essa tensão de opostos começa a se dissolver. Esse esforço todo pára de ser necessário. E a pessoa está livre para ser ela mesma.
Além de “alívio”, expressão que se ouve com frequência no trabalho com a sombra, também há uma nova alegria de poder ser quem se é, autenticamente. Uma alegria muito mais saudável e poderosa do que a alegria de se imaginar tão bom, maravilhoso e perfeito.
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?Concordo
Tentar a perfeição é o caminho para a liberdade, pois é a via mais rápida para o confronto com a sombra.
Ui ?
Amo os estudos de Jung. Quero ler a obra toda? Qt mais leio sobre os estudos dele mais me apaixono?? é ? atrás de ?. ???
Não concordo.
Ele tem uma visão egocêntrica e limitada entorno da esperitualidade e religião. É preciso sentir a religião. Ele acha que é preciso acreditar.
Quanto mais tentamos ser bom maravilhosos e perfeitos mais nossa alma se eleva,pois a vibração do corpo cria a alma no ventre e nutre a alma por toda a vida.
Credo !!
É a minha linha de raciocínio!?????
?perfeito???
Excelente postagem?
“(…) A nossa sombra realmente existe. Ela é tão má quanto nós somos positivos e construtivos na consciência… Quero dizer: quanto mais desesperadamente tentamos ser bons e maravilhosos e perfeitos, tanto mais a sombra desenvolve uma definida vontade para ser escura e má e destrutiva. As pessoas não podem ver isso; estão sempre se esforçando para serem maravilhosas, então descobrem coisas terríveis e destrutivas acontecendo e não podem entendê-las. Elas podem negar que tais coisas tenham algo a ver com elas ou, se as admitem, tomam-nas como aflições naturais, ou tentam minimizá-las e transferem a responsabilidade para alguma outra coisa. O fato é que se alguém tenta ser perfeito além da própria capacidade, a sombra desce ao inferno e torna-se o diabo. Porque é tão pecaminoso do ponto de vista da natureza e da verdade estar acima de si mesmo como abaixo de si mesmo.” (JUNG, Seminários de Visões).
nada que vem do desespero proverá uma energia elevada de crescimento… ou seja, se genuína for sua vontade de mudança dentro da capacidade de se elevar gradualmente, why not? paz e amor pra todx
Qual seria o conceito de “sombra”? Teria um exemplo disso, na visão de Jung? Tipo uma inveja, medo, etc
@quecoragemvocetem