“Há uma paz nirvânica que se encontra ao deixar as coisas serem como são”.
– Ensinamento Dzogchen
Podemos traduzir nirvana como uma grande liberação da mente iludida, ou como Thich Nhat Hanh define, (a liberdade que vem com) “a extinção de todas as noções e conceitos”.
Pode ser difícil realmente entendermos o que seria deixar as coisas serem como são – apesar de monumental simplicidade dessa expressão. Para a mente ocidental, é muito difícil entender e rapidamente se associa a uma postura de não fazer nada, de covardia ou apatia. E não se vai muito mais adiante.
Para quem quiser explorar esse terreno um pouco mais, aqui vai uma sugestão simples de fazer uma experiência de não-reagir, de abandonar a tensão natural de mudar ou atrair ou negar algo, e substituir por soltar e deixar ser. Essa experiência pode ser com coisas bem cotidianas, “inofensivas”, para realmente irmos pisando nesse terreno com calma e consciência. Ao invés de reagir, soltar. Como se não quiséssemos mesmo alterar nada. Movimentos mínimos de fluir junto da situação. Uma aceitação mais aberta e bastante estranha, mas salutar.
Depois me conta em privado. Eu agradeço.
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Eu estava mesmo precisando desse lembrete!
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Eu tenho real dificuldade em permanecer nessa não ação. Até por quê é difícil defini-la. Acho que pesa muito essa idéia de covardia, de não fazer o suficiente dentro de uma sociedade do “faça o melhor de si”.
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#presença ??
@let.schtm
Complicado não ver esta atitude como uma atitude egoica. Como a segregação racial perdurou por tanto tempo nos EUA, por exemplo? O que muda este tipo de comportamento? A aceitação? A atitude compassiva? Saber o momento de agir é muito importante. O que moveu muitas mudanças em termos de justiça social foram as revoltas, pois quem está na zona de conforto consegue ver tudo “fluir” de forma tranquila, mesmo que equivocafdamente, pois não sente empatia e não percebe o sofrimento alheio. A dor do outro não é sua dor. Atualmente vejo muitos se anestesiarem com suas crenças e fechando os olhos para as injustiças. Como perceber o limite entre espiritualidade e negacionismo?