“Quanto mais alguém julga, menos ama”.
– HONORÉ DE BALZAC
Essa frase não pode ser só concordada ou discordada, é necessário contemplá-la, refletir sobre ela, verificá-la.
Até onde consigo perceber, sempre que há julgamento, o interesse na compreensão mais profunda (do outro) se encerra. E sem compreensão do outro, como diria Thich Nhat Hanh, não pode haver amor. O amor só se sustenta genuinamente se compreendermos. Mas se julgamos, colocamos ali uma definição, uma palavra, e abandonamos a tarefa de ir mais fundo e entender. Se amamos, então, ao contrário, não temos interesse em julgar, e queremos compreender, se aproximar, fazer contato com a coisa amada sem trancafiá-la em algum conceito ou adjetivo.
Além disso, o julgamento em si pressupõe um movimento isolado da mente, desconectada do coração, que percebe a coisa julgada e a classifica de acordo com conceitos e idéias. Sua motivação é egóica: é necessário fugir do sentimento de inferioridade ou carência e projetar isso no exterior.
Num dos fóruns em que vi essa frase uma pessoa argumenta que “é impossível não julgar”, que isso é uma característica inevitável do ser humano. Pode ser. Mas é possível transcender o julgamento uma vez que ele se manifeste. E assim cultiva-se o amar, ao invés do julgar. E o julgar, que poderia se tornar intenso e até compulsivo (como de fato é em nossa realidade), seria reduzido a um mínimo necessário, que poderíamos modular e chamar de discernimento. E estaríamos muito mais abertos ao amor.
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Que lindo!! ??
Mas é exatamente isso, né. Julgar cada vez menos, cortar cada vez mais essa compulsão por julgamentos, abrir-se para o amor e para a compreensão de que, assim como temos a capacidade para julgar, temos também para amar. Então, a questão será sempre a nossa escolha. E não o outro ou a situação em si. ???? grata pela reflexão.
?? ótima reflexão. É interessante também ampliar a compreensão do que é o julgamento… ?
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O mais doido é que existe a compreensão da reflexão, mas ao mesmo tempo, ela tbm reflete um julgamento velado, no qual aqueles que julgam muito não são capazes de amar. Talvez pq eu entenda o amor como um campo de “julgamento neutro”. Pra mim, o amor possibilita um tipo de julgamento não-dual, sem apegos, onde o “bem e o mal” não são protagonistas, apenas servem a intuição. Portanto, se o julgamento estiver apoiado na Consciência do Ser, é sempre amor.
Geralmente as pessoas julgam porque não sabem como funciona a mente humana… Todos nós seres humanos temos a semente do bem e do mal…. Manifestamos aquilo que é alimentado em nós e o que as causas e condições nos permitem manifestar devido a nossa estrutura carmica… Pra deixar claro que compaixão e não julgamento é uma postura mental e não significa impunidade…