“É a pessoa que você imagina ser que sofre, não você. Dissolva-a na consciência.

“É a pessoa que você imagina ser que sofre, não você. Dissolva-a na consciência. Essa imagem é meramente um composto de memórias e hábitos”.
– SRI NISARGADATTA MAHARAJ

Esse tipo de ensinamento necessita muito de auto-observação, auto-investigação, auto-reflexão. Quando nos ocorre alguma experiência de sofrimento, temos ali a oportunidade de fazer essa auto-observação e perceber em tempo real o que Nisargadatta diz: que estamos tentando proteger ou manter uma imagem, e não nós mesmos.

Mas como nem sabemos exatamente a diferença entre a imagem e nós mesmos, não conseguimos entender direito o que está sendo falado ali.

Que imagem estou defendendo aqui?

Como quero (a)parecer ou continuar (a)parecendo?

Uma pista é que a imagem é fixa. Já sabemos quem ela é previamente, e como devemos “ser” para que ela seja mantida, construída, atendida. Muitas vezes vai fazer o maior sentido protegê-la, mas, ainda assim, é uma imagem. Muitas vezes vai parecer ser a coisa mais certa a fazer agir em nome dela, mas, ainda assim, é uma imagem. Uma nuvem de memórias e hábitos que insistimos em embalar, dar nome e segurar a todo custo. É falso. E causa sofrimento.

Saber quem somos é saber quem não somos. Esse é o coração do auto-conhecimento (como o próprio nome diz).

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