“A aceitação de nós mesmos como criaturas imperfeitas parece ser pra mim o que o

“A aceitação de nós mesmos como criaturas imperfeitas parece ser pra mim o que o amor verdadeiramente é”.
– ALAIN DE BOTTON

Permanecem urgentes e necessários todos os esforços possíveis de enterrarmos a antiga e deturpada noção de amor como uma coisa romantizada entre cônjuges e suas carências em busca da eternidade de aprovação e companhia. Essa frase de Alain de Botton é mais um esforço feliz nesse sentido, de abrir a mente, os olhos e o coração à noções mais reais de amor. De amar. Mais do que à noção (apesar de ser uma frase), à amar como uma realidade fora da fantasia. No que o amor consiste realmente? Como podemos de verdade realizar essa coisa que é amar? Como podemos não continuar estupidamente com nossos introjetos culturais de romantismo, dependência e exigências prisionais, e despertar para realmente amar? Quando estivermos em insatisfação, irritação, tristeza, orgulho, o que será amar?

Mas veja que a própria idéia de imperfeição pode ser uma espécie de desamor. Pode ser um reles julgamento, uma distância, uma percepção de que o outro não serve em algum quesito. Quanto mais imperfeições vemos, mais nos dedicamos a elas, à solidez delas, à importância delas. Mais elas aparecem em nosso campo de visão.

Quando amaremos?

Pois o amor é uma festa, uma alegria de abundância, uma comunhão de presença e de compartilhamento. Como isso pode acontecer se estou aqui notando tanta imperfeição? “Aceitar a imperfeição” é uma frase pra nós, os que não festejam, pra nós, os que percebem tanto a imperfeição a ponto de ter que “aceitá-la”, em nós e nos outros. Essa tarefa tão dura.

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