“Um escravo é aquele que espera que alguém venha e lhe liberte”.
– EZRA POUND
Essa afirmação do poeta americano costuma não ser bem interpretada, pois muitas pessoas logo pensam na escravidão física institucionalizada ou em reféns de guerra e coisas assim. Mas a frase não tem nada a ver com isso. É uma frase que fala da dependência psíquica ou mental de alguém por outro alguém, ou por uma instituição ou autoridade (como a religiosa), ou seja quem for. A dependência e espera por uma fonte externa de liberdade. Esse é o alvo. O escravo é aquele que espera, de forma completamente equivocada, que a liberdade venha de fora.
Isso vai quase na mesma direção que o próprio Buda elaborou, em seu clássico registro Dhammapada, que “a própria pessoa é o salvador de si mesma” (“pois que outro salvador poderia haver?”). É a própria pessoa que se liberta, que liberta a própria mente. Se o Buda pudesse fazer isso por outra pessoa, teria feito. Mas ele não pode. Seu limite está no ensinamento, na orientação. A autonomia ou soberania é da própria pessoa. Assim, a realização da liberdade de uma pessoa cabe a ela mesma. E a liberdade que Buda ensina é a da própria mente.
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Alguém teve que assinar a abolição. Em alguns casos somos libertadores.
O amor próprio liberta!
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Acho que na verdade nem nós mesmos queremos a liberdade, na maioria da vezes procuramos as praticas para ajustar o que nao queremos e deixar o que queremos.
No mais a vida segue em perfeicao, ja somos livres, só nao enxergamos isso, porque nao queremos.
Simmmm! ?
Estar escravo ou ser escravo? Até que ponto a experiencia de ‘escravo’ determina e ou condiciona a liberdade do Ser?
As palavras do poeta Ezra Pound me leva ao filósofo Epicteto (se me permite aqui exemplificar).
Epicteto em sua condição de escravo nos leva a profunda reflexão sobre condicionamento relacional…. Escravo x Liberto.
Qdo ele foi comprado por um mercador para ser presenteado à esposa, notou que tal senhora ficou muito impressionada por sua beleza. Epicteto chama o mercador, se despe completamente e pergunta a ele: ‘olhe para mim. Será prudente ter em tua casa alguém como eu, servindo tua esposa? ‘ O mercador o liberta.. justificando que ‘não é sábio ser senhor de alguém que entende o desejo das pessoas livres.’
Facilmente podemos notar nesse triangulo de relacionamentos… o escravo, o liberto e o que com prudência observa.
Qdo perguntavam a Epicteto sobre ‘ser escravo’… ele dizia… ‘meus senhores me têm porque me compraram. Eu sempre fui livre. Será mesmo que sou eu o escravo?’
BUDA, não é o Gautama. Gautama nao é o Buda. Gautama se tornou Buda… alcancou a ‘Consciência do Ser Livre’. Ser BUDA é Ser Livre, incondicionado pela mente, desperto, consciente da Roda do Samsara que nós mesmos criamos com nossa mente e nela nos justificamos e nos aprisionamos em vidas e vidas através das personalidades que alimentarmos ser.
Epicteto viveu por volta do primeiro século não foi discípulo direto de Gautama e nao era budista mas alcançou a liberdade mental do Ser mesmo numa condição social temporal como escravo. Assim, podemos todos sermos livres por nós mesmos em qqr condição de escravo que nos colocamos tb por nós mesmo mas é precioso reconhecer em nós tais condições de escravo que ainda somos dependentes e buscar a liberdade do ‘ser escravo’ que ainda habita em nós.
Não é verdade. Os escravos não tinham esperança em liberdade . Só sabiam que teriam água e refeição.