“A definição final de bravura é não ter medo de quem você é”.
— CHÖGYAM TRUNGPA RINPOCHE
Essa frase é intrigante, não?
Ser realmente bravo é não ter medo de quem eu sou. O que isso significa, afinal? Teria eu medo de quem eu sou?
Acho que há nela essa visão magnífica, e terrível, que nos debatemos o tempo todo contra (!) quem somos (!!), evitando sermos quem somos, por medo, ou vergonha, culpa, ou qualquer senso de deficiência; ou ainda pelo desejo de ser alguém diferente, se mostrar assim, ocupando todo o tempo e distorcendo toda manifestação autêntica. Está implícita a existência de uma covardia.
Sob esse ãngulo, poderíamos pensar no ego como esse mecanismo que não pode aceitar quem somos, e que está manipulando permanentemente a expressão do ser.
Isso lembra um pouco também a visão da Simone Weil publicada semana passada, no aforismo em que ela diz que “a sociedade é a caverna”. Pois nossa covardia é voltada para a sociedade, intoxicada por ela.
Bravura seria finalmente assumir o próprio centro, o próprio lugar, si mesmo.
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Amei ??
Love Trungpa Rinpoche
Amei???
Que lindo!
Tive conhecimento desse fato quando tive que confrontar-me com um eu que não conhecia diante um quadro grave de depressão. Ali tive que ter bravura para me superar e não entregar-me ao que uma mente doente sugeria-me a fazer diuturnamente.
@marjahenrique
uau ?