— “Chegou a hora”.
— “Não! Eu só preciso de mais tempo.”
— “Mais?”
Esse é um dos poucos diálogos contidos no silencioso e premiado curta de animação Coda, que narra momentos de uma “alma perdida” logo após a morte do seu corpo, vagando pela cidade até chegar a um parque, onde há um contato e um diálogo com a Morte, personalizada na imagem de um ser num grande manto negro. No meio da beleza dos desenhos e da simplicidade da narrativa, há um notável roteiro pelo desejo da alma por mais, e mais, tempo e experiências, e também um tom emocional predominante intimista, que retrata de maneira ímpar situações como a angústia existencial do indivíduo que busca fugir da aniquilação a qualquer preço, perdido em seu próprio medo e desejo. Para então conhecer as profundidades da morte.
Desejo, vida, experiências, repetição, apego, memórias, morte, renascimento, tudo se mistura na segunda metade do filme, deixando um belo espaço para interpretações subjetivas nas experiência da alma agora como um bebê, que roda (novamente) as experiências do mundo até, aparentemente, descansar. Nos braços da morte.
O curta entrou na disputa do Oscar de Melhor Animação em 2015 e já foi visto por mais de 1 milhão de pessoas no Vimeo, com mais de 10 mil curtidas.
Assista o curta de 9 minutos abaixo, sem legendas (mas poucos trechos falados):
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