Porque temos ressentimento? Porque nos abandonamos. A mensagem descontraída e direta da australiana Isha

“A culpa é uma ilusão. Porque na realidade você nunca fez nada errado, nunca. Neste momento tudo está perfeito. Se você fez algo que te trouxe sofrimento, que não te traz amor, neste momento, escolha algo novo. Se você segue vivendo esse sentimento, de culpa, de novo e de novo, e vive através desse reflexo (imagem), isso é violência. É violência contra você mesmo, e isso não serve pra nada. Isso não muda o ocorrido, somente está arrastando o passado para o futuro. E está vivendo o futuro em uma vibração mais baixa, porque está tingido de medo. Então o que escolho? Bem, fiz todas essas escolhas e tiveram consequências. Não gostei das consequências. Agora, de um lugar de inocência, vou fazer uma nova escolha. Isso é tudo. E solto, deixo seguir. E se alguém me critica e isso me afeta, é porque ainda não soltei, não deixei ir. Isso é sempre interessante nos casais. Sempre gostam de trazer e arrastar aquilo que fizeram há 4 anos. Todos fazem isso, mas seguem juntos. Mas gostam de ter isso, essas munições aí. “Mas lembre-se quando você fez blá, blá, blá…” E então isso justifica o que você está fazendo neste momento. Porque se sente culpado, mas esta é a sua justificativa (usar a munição). Somos loucos assim. Em vez de focar no amor, de focar no que queremos, de focar no louvor e na gratidão, Focamos no ressentimento. Porque temos ressentimento? Porque nos abandonamos.”
~ Isha

No vídeo abaixo o discurso de Isha prossegue de onde o trecho acima termina, explorando o ressentimento e a culpa, que é o tema desse darshan da mestra australiana que traz uma mensagem descontraída, leve e direta, cheia de exemplos contemporâneos (como o do casal transcrito no trecho acima) e que já tem grupos de estudantes e admiradores no Brasil (1 & 2), além de Uruguai, Argentina e México. Nascida em 1962 em Melbourne (Austrália), sob o nome Jennifer Lee Duprei e criada por pais adotivos e hoje morando no Uruguai, Isha Judd é uma nova referência espiritual que traz um método de autocura e expansão da consciência sob seu ponto de vista particular, é autora de livros como “Love Has Wings” (2012), criou e mantém a Fundação Isha Educando para a Paz e é “Embaixadora para a Paz” na Argentina por seu trabalho com prisioneiros em Buenos Aires, e também recebeu o “Honorary Degree” da Universidad Internacional de Cuernavaca, no México, por seu “serviço humanitário e por contribuir para a melhoria da condição humana” (Wikipedia).

Particularmente não conhecia o trabalho de Isha Judd e a vi pela primeira vez através de um post compartilhado no Facebook por um amigo, há duas semanas. O tom conversacional e contemporâneo chama a atenção, e a mensagem parece estar falando a muitas pessoas, inclusive aqui no Brasil. Podemos nos perguntar se precisamos de mais uma pessoa, de mais um método, de mais respostas para o despertar, mas sempre há espaço e importância na diversidade, e o tipo de instrução verdadeira. E, além disso, a presença de um instrutor vivo pode ser de grande importância para muitos de nós.

“Não há nada mais pleno que o amor incondicional a nós mesmos, e quando o experimentamos podemos extendê-lo a cada aspecto de nossa criação. Quando amamos a nós mesmos incondicionalmente, todo o medo desaparece, e se experimenta a unidade em tudo. Não é uma experiência sutil, mas sim total. É o mais grandioso que se pode suceder a um ser humano.”
~ Isha

Segue a íntegra do vídeo (6min57seg) como foi publicada no YouTube pelo canal IshaBrasil, com legendas em português já incorporadas. Para saber mais sobre Isha, visite ishajudd.com.

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12 Comments

  1. says: marlon

    o problema eh fazer entender aquele contumaz desculpista que se faz de vitima e o pior de tudo viciado em ter prazer nisso. E que de tanta coisa errada que fez e se arrependeu passa pelo processo de culpa num resgate consciencial. Digo teorizar em tais situacoes e com tais pessoas nada tem adiantado. Esses princios do yin e yang de que ha forcas opostas interconectadas e interdependentes que se completam e que na vertade sao um todo,e que a grande ilusao eh o juizo de valor que damos a elas, serve para nos que somos pessoas “equilibradas e aculturadas”. Agora quem passa pelo processo de resgate a CULPA eh mais do que real, digo mais eh mais do que necessaia. e o HOMEM DE OUTRORA VERDUGO CRUEL, AGORA CHORA COMO UMA CRIANCA. as fogem das mas companhias eu oo vez aroximo-me delas, pois sao elas meus verdadeiros mestres. quem me ensina a viver.

    1. says: marlon

      pior de tudo gosta de faz-se de vitima de si mesmo. Vai entender o hospicio terricula em que vivemos a especime humana

  2. says: marlon

    olha o q eu acabei de ler num livro do andre luis Em face de semelhante realidade, qualquer orientação sem
    base na harmonia íntima não passará de simples jogo de palavras,
    no serviço, muita vez louvável e benéfico, da contemporização. tem gente q ainda n ve blza em paginas espiritas

    1. Certamente Ivan. Mas, enquanto vem, “escolhendo neste momento de um ponto de inocência”. Como ela diz, tudo bem não gostou do ato, não gostou da consequência, escolha de novo — inclusive uma reparação.

  3. says: norma7

    A primeira vez que ouvi falar da Isha foi há + de 6 anos. Patrycia Travassos (no Alternativa Saúde – GNT) – falou algo semelhante com o abaixo (dito em uma entrevista):
    (sobre relaxar)

    “Eu tenho uma técnica, a Técnica de Expansão de Consciência. É um sistema que se chama Isha. É uma prática interna, como se fossem mantras. São atitudes internas que você fica repetindo.”

    Logo depois li o primeiro livro lançado em Português, que era mais uma apresentação, do que propriamente as técnicas e me distanciei. Eventualmente, ouvia coments. sobre elevar-se além dos medos, escolha o Amor, escolha de novo e não há culpa, por terceiros.

    Há pontos semelhantes com as orientações UCEM, como s/a INCULPABILIDADE: ” (…) Se a mente unida ao Pai é nossa única realidade, a culpa é algo impossível – exceto quando levamos a sério o sonho, incorrendo na insanidade de considerá-lo real. A inculpabilidade é resgatada quando compreendemos que nenhum ataque e nenhuma defesa são possíveis, conforme somos uma identidade eterna e infinita. Não somos um corpo – e tudo que pode ser agredido ou lesado é uma identidade ilusória. Pode haver culpa ao se atacar o nada? Jamais nos separamos de nosso Pai e não há motivo para a culpa, pois se perceber separado é apenas um erro de percepção – que nem sequer toca nossa realidade pura e inocente.”

    Enfim, acho válida uma atenção maior à técnica, afinal como disse Cora Coralina: “Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma.”

    Grata pela postagem.

    Boa sorte, Norma

  4. says: Ivonet Azambuja

    Sempre pensei sobre isto a culpa, mas sabia não sei como que o erro não existe. Gosto do tema a penso muito a respeito, tento através da leitura incorporar esta consciência em minha vida em minha caminhada.

  5. says: Pedro Soares

    Engraçado, estive meditando e escrevendo sobre a culpa esses dias, sinto e carrego uma culpa principalmente por ter feito mal a alguém, mesmo que sem a menor das intenções, me sinto muito mal qnd vejo que trouxe alguma infelicidade a um terceiro, ainda é algo que preciso aprender a trabalhar….

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