Sentiste-o durante toda a tua vida: o remix de um famoso diálogo de “The Matrix” com o espírito do despertar

Junte o diálogo de um grande filme como “The Matrix” (Wachowski Bros, 1999) a cenas de outros bons filmes como “Na Natureza Selvagem” (Sean Penn, 2007) e “Eles Vivem” (John Carpenter, 1988), misture a um espírito de contra-cultura e do despertar da “rebanhização” (a que estamos razoavelmente familiarizados aqui, felizmente) e você tem vídeos como “Sentiste-o Toda a Tua Vida“, um remix traduzido de “You’ve Felt It Your Entire Life“, do projeto Creative Evolution TV. O diálogo principal do vídeo é a reprodução do encontro entre o personagem “Neo” (Keanu Reeves) e Morpheus (Laurence Fishburne) onde a Matrix é apresentada pela primeira vez, e as cenas dos filmes se alternam reforçando o sentido do diálogo. A música é “Take Me Into Your Skin”, do dinamarquês Trentemøller.

“Faz a experiência, não é assim tão assustador. Tenta ser quem verdadeiramente és, em vez de seres um reflexo do que a sociedade quer que tu sejas.”
~ apresentação de “Sentiste-o Toda a Tua Vida” em português @ YouTube

Segue o vídeo (2min26seg). Quem tiver fluência em inglês e tiver interesse, vale a pena ler alguns dos mais de 500 comentários que foram publicados no vídeo original – link aqui.

A transcrição completa do texto do vídeo:

“Sentiste-o durante toda a tua vida de que há qualquer coisa errada com o mundo. Tu não sabes o que é mas está aí, como uma farpa na tua mente que te enlouquece. Sabes do que estou a falar? Da Matrix. A Matrix está em todo o lado. Está à nossa volta. Até neste momento, nesta mesma sala. Tu podes vê-la quando olhas pela tua janela ou quando ligas a tua televisão. Podes senti-la quando vais trabalhar, quando vais à igreja, quando pagas os teus impostos. Este é o mundo que nos foi colocado à frente dos olhos para nos cegar para a verdade. Que verdade? De que és um escravo Neo. Tal como todos nasceste na escravatura nascido numa prisão que não consegues cheirar ou saborear ou tocar. Uma prisão para a tua mente. Este é o teu Deus. Lá dentro bem no fundo sempre soubeste a verdade. De que nada disto tem de ser assim. D que há mais para a vida do que nos foi dito. De que a tua vida tem um propósito maior. Tu estás aqui para despertar.”
[ Sentiste- Durante Toda a Tua Vida ]

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11 Comments

  1. says: norma

    Muito bom! Gasshô

    “Torna-te quem tu és!” (Nietzsche) ou…

    Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. (Paulo Coelho)

    Como o ‘convite acima: “Faz a experiência, não é assim tão assusstador”.

    (ANTES de oferecer a Neo a pílula azul e a vermelha, Morpheus lhe diz: “Não se pode dizer a ninguém, o que é a Matriz. Você tem de vê-la por si mesmo.”)

    Boa sorte, Norma

  2. says: Milene

    Essa do Paulo Coelho, foi piadinha ou releitura da frase de Nietzche?
    Transformaçao vai além do que pensamos que “somos”, será que somos alguma coisa? Ou será que somos apenas um instante daquilo que nos faz seguir na transitoriedade e na roda daquilo que vivemos ou acreditamos escolher .

  3. says: norma

    Oi,

    A frase do Paulo Coelho é o desfecho do texto “Encerrando um ciclo” (p/Paulo Coelho)

    O meu foco está em: “tu és” (da 1a frase) e “em quem é” (da 2a) lincado com: “De que a tua vida tem um propósito maior. Tu estás aqui para despertar.” – frases finais do texto postado.

    Não há (houve) de minha parte intenção de enaltecer um autor, em detrimento do outro.
    Não houve julgamento de valores.

    As palavras chaves são: Somos. desperte e experimente.

    Quanto a m/última citação (Neo x Morpheus)
    ela pode ser encontrada (além do filme) às pag.65 – 3. “A Possibilidade da Matriz” – David Mitsuo Nixon (Neo sabe que estava na Matriz?), do livro “Matriz – Bem-vindo ao Deserto do Real”, Coletânea do Prof. de Filosofia William Irwin (na Pensilvânia) e publ. no Brasil p/Madras.

    Em tempo: Não sou leitora do P.Coelho SÓ por não ter tempo e outros interesses demandarem m/atenção. Visto a camisa do “No Prejudice Allowed” (*.~)

    Boa sorte.

  4. says: Milene

    Prezada,
    a transitoriedade está além de explicações bibliograficas, ou recortes de um filme que conheço muito bem, e este sim foi bem apresentado no blog. As posturas defendidas infelizmente mostram o universo cada vez mais fechado, de disputa, egos onde o que “eu” vejo é o que vale.
    Não se desgaste com tantas explicaçoes, abra espaço, por que há outros pensamentos e questionamentos, que embora pareçam negativos não são ruins, fazem parte.
    O que cada um le, acredita, ou na verdade “dominar”, prefiro pensar na visão de Ramana é forma, é universo externo.
    a sorte que me deseja devolvo em dobro.
    Namastê!

    1. says: norma

      Mileme,

      Não foram ‘explicações’ e/ou reply ao teu comentário, pois costumo endereçá~los nominalmente. Ao recebê-lo (o teu coment) ‘in box’, verifiquei que poderia ao ter comentado s/P.Coelho expô-lo a interpretações jocosas e/ou errôneas e quis retificar.

      Não sou tão movida pela ‘erudição’ e sim, pela ‘prática’ da Fé que possuo.(*) Sendo assim, o “Boa Sorte” desejado é a forma que no Budismo de Nitiren, usualmente, nos despedimos, como alguns membros, aqui frequentadores, poderão atestar, não tem a conotação usualmente dada. Poderia ter me despedido, dizendo: “A Deus vos recomendo” (Adeus), que, também, me traduziria.
      Norma

      (*) “Minha fé é menor que um grão de areia, não remove uma palha, não balança uma flor.
      Mesmo assim, minha fé tão pequenina é uma luz que me ilumina, e é maior que minha dor.
      Minha fé que não move uma montanha, move o mundo num segundo, num instante de oração. (…)”

      autor: Maria Sadenberg, da Paróquia da Ressurreição em Copacabana/RJ, onde por duas vezes, ao assistir Missas, por motivos e momentos diferentes, sentamo-nos, lado a lado, eu e P. Coelho e posso dizer que sua ‘energia’ é ótima!

      Obs.: 1)Fé, prática e estudo/erudição são princípios – um tripé – budistas.

      2) Desculpe-me se ‘cansei’ com os detalhes sobre o livro Matrix. Apenas pensei que (talvez) alguém tivesse interesse, já que se trata de uma visão/abordagem filosófica. Foi mal….

      Bjo Nac?

  5. Ah a abertura, o desconhecido, “além do que pensamos que somos”, para poder ser quem se é – ainda que não façamos a menor idéia do que isso seja antes de tocar nessa dimensão (e quando tocarmos, idéia será a última coisa que será). Acho que é pra isso que esse modesto espaço existe.

    É como diria aquele velho profeta (novíssimo se estivesse aqui), “às vezes o post é só um pretexto pros comentários”.

    Obrigado,
    Nando

    1. says: norma7

      Nando,

      O Dharmalog não é modesto e existe para ‘isso’ e muito mais, pelo qual, creio que todos somos gratos a você. ?
      Gasshô Norma

      __________

      Há uma certa instabilidade c/ a minha subscrição: recebo os coments., mas há quase uma semana não recebo os Posts. O meu avatar aparece qdo quer(não é lido o Gravatar, nem o WordPress).
      Vc pode arrumar? Caso complicado, deixa assim que eu administro do meu lado.
      Boa sorte e Fique bem,
      Bjo Norma

    2. Oi Norma,
      O Gravatar depende do email que você usa. Só aparece quando você usa o email que está cadastrado lá. Vi agora aqui e você digiteu seu último comentário com a terminação @gmaol.com, aí deu o problema.
      Quanto ao Dharmalog por email, na ultima semana (e somente na última semana) tive problemas com o serviço de envio, mas já está resolvido. Se você não voltar a receber esta semana, gostaria de lhe pedir que checasse sua caixa de Spam, e, caso não esteja lá, me avise.

      Obrigado,
      Nando

  6. says: Milene

    Obrigada eu, Nando!
    è sempre especial adentrar no desconhecido.
    re-significar e desmistificar conceitos prontos. Já nascemos prontos no modelo, na fôrma Matrix, quero ver sair…
    abraços

  7. says: Milene

    é, libertador pensar em tocar outra dimensão, sentir que há algo maior, uma extensão do aqui ou de nós e é puro. É um alivio crer na continuidade, por isso não precisa justificar. Gosto do desafio de não pensar, ainda que lavando pratos, é o mais próximo da felicidade, uma mente limpa. Trabalho árduo. Mas sofremos com a mente de macaco, porém sou grata por que quando alcanço o silencio coisas se restabelecem.
    Namastê!

    milene

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