“Então quero conduzí-los à vergonha. Analistas jungianos chamam a vergonha de o pântano da alma. Vamos adentrá-la. E o objetivo não é adentrá-la, construir uma casa e morar lá. É calçar galochas, atravessá-la e encontrar nosso caminho de volta”.
~ Brené Brown, TED Talk
O tema da palestra é a vergonha e a vulnerabilidade, com a “pesquisadora e contadora de histórias” Brené Brown, da Universidade de Houston (EUA), que já tinha feito outra palestra no mesmo TED Talk (TEDxHouston, na verdade), em junho de 2010, que foi um estrondoso sucesso – visto por mais de 8 milhões de pessoas. Depois de uma ressaca surpreendente e longa (de vulnerabilidade e vergonha), Brené Brown voltou para este outra TED Talk, em março de 2012, para falar justamente de sua experiência pessoal e do que aprendeu, numa relato visto por mais de 2,2 milhões até a data deste post.
A força da palestra não é a pesquisa psicológica ou social de vergonha em si, que é bastante superficial (ou quase ausente, pelo que está apresentado ali), mas pela auto-pesquisa. Brené Brown conta o que foi transformado nela entre a primeira e a segunda palestra, a transformação da vulnerabilidade de fraqueza em força, e também a necessidade de entrar em contato direto e atravessá-la. “Temos que falar sobre a vergonha”, diz ela, deixando implícita a enorme presença “invisível” de um monstro interior.
“Se vamos buscar um caminho para nos encontrar, temos que entender e conhecer a empatia, porque empatia é o antídoto para a vergonha. Se você colocar a vergonha numa placa de Petri, ela precisará de 3 coisas para crescer exponencialmente: sigilo, silêncio e julgamento. Se colocar igual quantidade de vergonha numa placa Petri e dosá-la com empatia, ela não sobreviverá. As duas palavras mais poderosas quando estamos em conflito: eu também.”
~ Brené Brown, TED Talk
Torço por uma terceira palestra, onde vários casos possam ser descritos e analisados, e vários de nós, na platéia, mesmo que em casa via computador, possamos ver e pensar “eu também”.
Segue a palestra com legendas em português (20min38seg):
Veja também a palestra anterior de René Brown, que ela se refere no início do vídeo anterior:
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Esse tema me interessa muito.
Há um outro depoimento bem bacana dela nesse projeto do Sounds True:
http://live.soundstrue.com/selfacceptance/
Nando,
Você foi extremamente feliz na escolha da matéria. Parabéns!
E, como tiéte dos ‘Contadores de Histórias’, já estava pronta a me declarar ‘contaminada’, ou seja, gostaria do vídeo de qualquer forma, bem tipo pizza: mesmo ruim é bom…
Mas foi encantadora (de verdade) a sua abordagem sobre os V&V – Vulnerabilidade e Vergonha, sobre as circunstâncias que envolvem o atravessar um salão de baile na Vida, levar um tombo e a partir daí nunca mais se permitir dançar. Ou levantar, verificar o ocorrido, se preparar (crise = crie) e prosseguir. Se reconhecer vulnerável exige mais que coragem. Pede autoconhecimento e sensibilidade (não é autocondescendência!) para consigo e empatia, compaixão e o “Eu também”, para os outros.
Não sei se foi tencional, mas a ela se utilizou de várias ferramentas de sua ‘caixinha’, aos meus olhos. Da Astrologia dá para mapear referências marcadoras de certos trânsitos.
Enfim, somos perfeitos sendo imperfeitos, pois estamos todos aprendendo em movimento, caminhando…
E a Jornada do heroi continua.
Obrigada e boa sorte, Norma
P.S.: 3º TEDTALK? Eu também! :)
“É como dissem os chineses: Depois de uma montanha,há outra montanha” – Prof. Mário Sérgio Cortella
Nac♥
Obrigada por compartilhar tantas coisas inspiradoras que conseguem mudar nosso modo de ver e viver a vida.