O poder da música: documentário mostra efeito iluminador em pacientes com demência [VÍDEO]

Muita gente na Internet está virando fã de Henry, o personagem principal desse trailer do documentário “Alive Inside“, do diretor Michael Rossato-Bennett, que mostra os poderosos efeitos da música em pacientes idosos que sofrem de demência, perda de memória e Alzheimer. O filme tem estréia mundial programada para o dia 18 de abril, em Nova York, teve uma primeira divulgação inesperada no site Reddit, onde tem (até a data e hora deste post) mais de 2.600 votos e 1.000 comentários, inclusive um do próprio diretor, e ganhou o Facebook.

Com a participação do neurologista e autor Dr Oliver Sacks (“Alucinações Musicais”, “Um Antropólogo em Marte” e “O Homem Que Confundiu Sua Esposa Com Um Chapéu”) e do geriatra Dr Bill Thomas, o documentário mostra como a música traz memória, identidade e vida para pessoas que estavam no caminho da depressão e do esquecimento. As cenas do trailer que mostram Henry são impressionantes e mostram como acontece essa mudança, como memórias são recuperadas instantaneamente e como a pessoa recupera seu vigor e entusiasmo pela vida. “Nenhum projeto que já trabalhei me transformou tanto quanto este. Tenho a esperança que este filme acorde os corações das pessoas e torne possível a vinda da música para as casas de repouso e asilos, à pessoas que nem sabem o quanto precisam das bençãos da música”, diz o diretor Michael Rossato-Bennett.

Veja a repercussão no site Reddit: “An old man’s reaction to hearing “his” music. I think we’ll all be able to relate in ~70 years.

Abaixo, um trailer do documentário, traduzido e legendado em português por este blog (para ativar as legendas, clique em “Select Language” na caixa que está anexa no canto inferior esquerdo do vídeo). Caso o vídeo não apareça, recarregue esta página ou use este link alternativo.

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Abaixo, a música preferida de Henry, “I’ll Be Home For Christmas“, na versão de Bing Crosby (1943):

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7 Comments

  1. says: Áurea Lacerda Cançado

    Aderi ao fã clube do Henry. Achei-o maravilhoso!
    Salve a música capaz de furar as barreiras da demência, possibilitando que viesse à tona e jorrasse de forma tão tocante e bela um pouco da reserva amorosa que este senhor guarda nas profundezas do seu ser!

    1. says: Norma

      Áurea, eu também, Flor, eu também. De um quase marionete, com o acesso da música ao seu cerébro, voltou a ser um ser com sensibilidade, concatenando pensamentos e fala e se emocionando a ponto dos seus olhos ameaçarem soltarem das órbitas. Que trabalho lindo que esse ‘povo’ está fazendo. Mexeu comigo. Muito.
      Obrigada, Dharmalog!
      Norma
      +++++++++++++

      (a Música vai mais longe do que terapias audio-visuais e tudo é vibração – nac.)

      O “Olhar da Mente” Para as Emoções
      “A música penetra no cérebro mais profundamente do que se imagina, indo além das camadas externas do
      córtex auditivo e visual, alcançando o sistema límbico,
      que controla nossas emoções. As emoções geradas
      produzem um grande número de respostas fisiológicas.
      A tristeza, por exemplo, automáticamente provoca
      lentidão das pulsações, eleva a pressão, provoca queda da conditividade da pele e um aumento da temperatura. O medo aumenta a taxa de batimento cardíaco; momentos de felicidade nos fazem respirar mais rápido.”

      From Music and the Brain:
      Processing and Responding:
      http://serendip.brynmawr.edu/bb/neuro/neuro99

      “Impacto Emocional da Música
      *Existem evidências de que a música pode ser instrumento auxiliar na recuperação de pacientes.
      Explanação possível – A música pode auxiliar o corpo em sua autosincronização,com seus mecanismos internos de regulação e
      equilíbrio (homeostase) , de vez que o corpo emite e responde
      emocionalmente a sons e vibrações.
      *Estado natural de repouso – É de 8 ciclos por segundo (8 cps) –
      correspondendo ao rítmo alfa das ondas cerebrais
      *Cada função de nosso corpo possue um padrão rítmico básico
      passível de alterações segundo uma taxa vibratória rítmica específica. Deste modo, pode-se impactar o comportamento de
      nossos nervos por meio de sons.
      *O corpo é mantido em funcionamento por meio de vibrações
      rítmicas.
      *Alterações em padrões de harmonia, seqüências tonais, padrões rítmicos podem afetar a saúde física e mental das pessoas

  2. says: Manoel

    Maravilhoso. A reação é espantosa. A felicidade de quem praticamente já não vivia é indescritível. É praticamente um renascimento. Estas experiências nos apontam a esperança de melhores dias para o ser humano. Valeu Nando.

  3. says: Renato

    Acredito sinceramente nisto que ocorre com o Henry. A música marca a vida da pessoa, ela possui este poder. É tão poderosa que como no caso do Henry o faz voltar a sua vivência, a sua jovialidade. Estou estudando e me aprimorando como educador musical. Tenho muito interesse em me aprofundar neste assunto.

  4. says: Alice

    Emocionante, maravilhoso!!!

    Meu estágio da pós em Arteterapia foi com idosos asilados e realmente a música os trazem de volta à realidade!!
    usamos muita música com eles sem ter conhecimento deste artigo.

    Obrigada plea informação!!

    Alice

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