Junte uma pergunta ambiciosa – qual o fato mais surpreendente sobre o Universo? – a um respondedor gabaritado – o astrofísico americano Neil DeGrasse, diretor do Museu de História Natural de Nova Iorque (EUA) e dono da Medalha de Distinção por Serviço Público, a maior honra civil conferida pela NASA – com imagens fantásticas do planeta Terra e de todo o Universo, de mais de 10 fontes diferentes, e você tem o vídeo abaixo: The Most Astounding Fact (Neil DeGrasse Tyson). Em 3min34seg, Neil DeGrasse explica a maravilha da construção do Universo e como nós, seres humanos aparentemente insignificantes, fazemos parte e somos construídos da mesma matéria, e o quão… surpreendente isso tudo é. A pergunta e a resposta foram feitas pela revista Time em sua entrevista “10 Questions for Neil Degrasse Tyson” (“10 Perguntas para Neil Degrasse Tyson”).
Entre as imagens mostradas estão vídeos captados pelo Telescópio Hubble, imagens das séries da BBC “Wonders of the Solar System” e “Charles Darwin and the Tree of Life“, imagens do por-do-sol em Marte feitas pela NASA, cenas do filme “A Árvore da Vida“, do diretor Terence Malick que concorreu ao Oscar de Melhor Filme (2012), entre outras. A música é “To Build a Home“, da Cinematic Orquestra com Patrick Watson.
Segue o vídeo, legendado em português (com agradecimento ao usuário leandroht, que traduziu o vídeo e o disponibilizou no Universal Subtitles). Para ativar as legendas, clique em “Select Language” na caixa cinza abaixo do vídeo. Caso o vídeo não apareça, tente recarregar esta página ou use este link alternativo.
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Compartilhado por ↬ Rejane Oliveira.
Rede de Indra – Lindo!
Grata.
Tal linda postagem, levou-me à:
“Cada átomo de seu corpo veio de uma estrela que explodiu. Os átomos em sua mão esquerda provavelmente vieram de uma estrela diferente da dos átomos de sua mão direita. Essa é realmente a coisa mais poética que eu conheço sobre Física: vocês são todos poeira de estrelas. Vocês não poderiam estar aqui se as estrelas não tivessem explodido, porque os elementos, o Carbono, o Nitrogênio, o Oxigênio, o Ferro, todas as coisas que importam para a evolução não foram criados no começo dos tempos. Eles foram criados nas estrelas e a única maneira deles chegarem ao seu corpo é se as estrelas forem gentis o suficiente para explodir. Então esqueça Jesus, estrelas morreram para que você estivesse aqui hoje.”
= Laurence Krauss = Físico
Nós somos feitos de poeira de estrelas – Carl Sagan
Além da Rede de Indra (que mencionei antes). Pensar sobre isso dá sensação de expansão, de dilatação. Mais uma vez, obrigada por compartilhar.
E a gente acha que é muito autor. Belo texto, Norma, obrigado por trazer aqui. Dá vontade de transformar essas coisas em oração matinal, reality check antes de tudo.
Namastê. (que nesse comentário significa: “a poeira das estrelas que está em mim saúda a poeira das estrelas que está em você”!). ;)
Nando,
Chegou até mim (via m/e.mail) um texto (ñ lembro qual) postado p/vc. no Dharmalog (o blog é citado).
O interessante foi o encaminhamento (s/autoria), que achei apropriado à linha adotada e que transcrevo:
“Fui conferir, gostei, favoritei e recomendo.
eu recomendo, tu recomendas, nós recomendamos…
e assim a mandala do compartilhamento movimenta a senda da fraternidade.”
Não é uma ótima maneira de utilizar a comunicação online?
É sim!
Qto a sua (nova) versão de Namastê:É bastante simpática! Pisc*
Norma
Nossa e simplismente lindo nem tenho palavras!amei
Se você gostou desse vídeo, provavelmente irá adorar o livro “O Universo é um Dragão Verde” de Brian Swimme
Quando li o trecho que compartilho abaixo, suas palavras reluziram a mim como diamantes aos olhos, relampejos à mente, afagando meu coração num toque sutilmente espiritual…
Rapidamente adquiri um exemplar e me deliciei com essa forma de abordar a criação….
Eis o trecho:
“Você respira as criações de uma estrela
THOMAS: Pense nisso! Quando você respira, respira as criações de uma estrela. Toda a duração da sua vida torna-se possível devido às dádivas dessa estrela. Sua vida foi suscitada pelo trabalho do céu, você percebe? A estrela emerge da sua própria reação ao deslumbramento, suscitando então a vida de outras coisas. O ar que respiramos, o alimento que comemos, os compostos dos quais somos constituídos: tudo isso são criações da supernova.
Passando a existir pelo deslumbramento, dando à luz e em seguida levando outras coisas à existência – esse é o dinamismo fundamental do cosmos. Podemos ver nisso o significado da vida e do trabalho humano. A própria aventura da estrela é um resumo de tudo o que acontece. Ela é criada a partir das criações da bola de fogo, inicia sua própria e intensa criatividade e espalha suas obras por toda a galáxia, possibilitando o surgimento de novas espécies de existência. Ela se dedica inteiramente à sua tarefa: depois dessa criatividade prodigiosa, sua vida, enquanto estrela, chega ao fim através de uma enorme explosão, Contudo – devido à outorga de suas dádivas – elefantes, rios, águias, sorvetes, cervejas, zebras, dramas elisabetanos e toda a Terra vivente tornaram-se possíveis. O dinamismo do amor está gravado no principal ser do céu noturno.
JOVEM: Você está dizendo que a estrela tem consciência do que está fazendo?
THOMAS: Bem, sim e não. Mas reflitamos um pouco sobre isso. Somos o auto-reflexo do universo. Permitimos que o universo se conheça e se sinta. Assim, o universo percebe-se a si mesmo através da mente auto-reflexiva que se desenvolve no ser humano. Fomos gerados para que essas experiências de beleza pudessem penetrar na consciência. A bola de fogo primitiva existiu durante vinte bilhões de anos sem que tivesse consciência de si mesma. O trabalho criativo das supernovas existiu durante bilhões de anos também sem essa consciência. Essa estrela não poderia, por si mesma, tomar-se consciente da sua própria beleza ou do seu sacrifício. Mas, através de nós, a estrela pode fazer com que seu reflexo recaia sobre si mesma.
De certo modo, você é a estrela. Olhe para a sua mão – você acha que ela lhe pertence? Cada elemento foi criado em temperaturas um milhão de vezes mais quentes do que a da fusão da pedra; cada átomo foi moldado no intenso calor da estrela. Seus olhos, seu cérebro, seus ossos, tudo em você é formado das criações da estrela. Você é aquela estrela, levada a uma forma de vida que possibilita à vida refletir sobre si mesma. Portanto, sim: a estrela está realmente ciente do seu grande trabalho, da sua rendição ao deslumbramento, da sua extraordinária contribuição à vida, mas apenas através da sua articulação ulterior: você.
JOVEM: Então, essa estrela só agora se tornou ciente do seu trabalho?
THOMAS: Sim, do mesmo modo que você se torna ciente de aspectos de si mesmo que, durante anos, permaneceram inconscientes. Você viu imagens de você mesmo quando criança; quando você olha para elas, está olhando para si mesmo. A criança então torna-se ciente da sua própria beleza. Você não é o desenvolvimento ulterior dessa criança? Claro que é; no entanto, a criança parece, de algum modo, outra pessoa.
O mesmo acontece com a estrela. Sabemos que somos o desenvolvimento ulterior da estrela e, no entanto, sabemos que somos, de algum modo, diferentes da estrela. A estrela atinge a consciência da própria beleza e do próprio trabalho criativo através da mente humana.
O universo é um único evento multiforme. Não existe nada que dele esteja separado. Tudo o que existe emergiu da bola de fogo primitiva, e nada pode remover o vínculo primordial que isso estabelece com tudo o que existe no universo, por mais distante que se encontre. Você, e cada coisa que você faz e se toma, são articulações ulteriores da bola de fogo primitiva.
Os seres humanos sempre sentiram fascínio pelos registros genealógicos. Queremos saber de onde viemos, a história que traça o caminho que chega até nós. Mas nada, em toda a pesquisa genealógica por toda a história humana, poderia nos ter predisposto para a verdade. Algumas centenas de anos ou alguns milhares de anos de uma árvore genealógica não são nada, pois nossa árvore genealógica comum preenche todo o universo. Entre nossos parentes estão os companheiros da Terra, todos os planetas, estrelas e galáxias. Todos primos, espalhamo-nos até preencher completamente todo o imenso cosmos, de ponta a ponta.
O povo da Idade Média agia corretamente ao tratar com carinho as relíquias. Caso encontrasse uma lasca da cruz, ou uma roupa usada por São Francisco, venerava o objeto pelo fato de ele ter estado, um dia, tão próximo de seres de tão extraordinária importância. Essa atitude deve ser ampliada. Nossa reverência pelas coisas sagradas deve se expandir até abranger todo o universo luminoso. E hoje, quais são as relíquias? Nós somos as relíquias. A Terra e todos os seres da Terra estavam no centro da explosão daquela supernova. Estávamos na fornalha distante, terrificante, da bola de fogo primitiva. Não como meras testemunhas, mas situados bem no centro do evento. Nossos corpos se lembram desse acontecimento, regozijando-se na grandiosidade do céu noturno precisamente porque todos sofremos essa explosão juntos. O planeta é uma relíquia rara e sagrada de cada evento dos vinte bilhões de anos de desenvolvimento cósmico.
Quando aprofundamos a nossa percepção dessa simples verdade de que estamos aqui devido à criatividade das estrelas, começamos a sentir uma gratidão revigorante. Quando refletimos acerca do labor requerido pelas nossas vidas, um temor reverente brota naturalmente dentro de nós. Então, nas regiões mais profundas do nosso ser, começamos a acolher a nossa própria criatividade. O que nós damos ao mundo permite que outros vivam com alegria. Um mistério tão maravilhoso…!
Pense nele. Essa dinâmica suprema de amor, de deslumbramento e de evocação, atuando desde o início do universo, depois de bilhões de anos toma consciência de si mesma. A sedução que intensifica a vida e suscita o ser passa a se conhecer; a magia da criação da vida e do ser reflete, a partir de então, acerca do seu próprio mistério! Quantas criaturas, quantos seres vivos, quantas pessoas nos sucederão, penetrando na vida e no grande mistério do amor precisamente em razão do nosso esforço?
Falemos agora dos valores. Não me refiro aos valores da sociedade moderna ou dos filósofos; tampouco me refiro aos valores do mercado; refiro-me ao valor cósmico. O que é que o cosmos tem em apreço? O que o cosmos, enquanto lar supremo de todas as coisas, tem em apreço? Aqueles que tomam consciência do esplendor do universo e acendem a fagulha da vida em outros.
Diga-me. Você está ciente de que você, e só você, é capaz de suscitar vida através de meios que nenhum outro ser do universo possui?
JOVEM: Você citou Shakespeare e aquele astrofísico…
THOMAS: Minha pergunta não tem nada que ver com eles! O universo não se daria o trabalho de criar dois Shakespeares. Isso revelaria uma criatividade limitada. O Mistério Supremo do qual emergem todos os seres prefere a Extravagância Suprema, cada ser cintilando de novidade, ontologicamente único, nunca se repetindo.
Todo ser é necessário. Ninguém pode ser eliminado ou desprezado, pois não há um único ser que seja redundante.
THOMAS: Você está ciente dos modos pelos quais tem o poder de suscitar o ser? Essa pergunta esquadrinha o seu destino enquanto fonte criativa, o seu valor supremo. Para responder, é preciso que você penetre mais profundamente no dinamismo primordial do universo.
JOVEM: Não sei por onde começar a pensar a respeito.
THOMAS: Comece a partir de seus deslumbramentos, a partir do seu próprio conjunto de relacionamentos. Seus deslumbramentos o induzem à atividade de suscitar a vida ao seu redor.
SWIMME, Brian. O universo é um dragão verde – Uma história cósmica da criação. Tradução Rubens Rusche, SP, Cultrix, 1991. p.52-55
Rafael (Deus te Cura):
“Na vida tudo tem função, nós estamos dentro dessa lei”.
(PJP)
Que bom que vc mencionou esse livro. Há uns 12 anos, ganhei um exemplar de um membro de um Grupo de Meditação e Respiração, organizado por Ana Célia – R.Nasc. Silva (RJ) às 2a.-feiras. O li (me emocionei, pois se sente ‘pertencente’ ao conjunto, fazendo parte)o emprestei e esqueci-me de tudo isso (livro e grupo) com o passar do tempo e o desenrolar de dos scripts pessoais. E agora, foi resgatado até o nome da Organizadora, de rodão, com o ‘gatilho’ de sua transcrição desse belo trecho.
Muito Agradecida.
Boa Sorte! Norma
“E dragões possuem fogo interior. Embora não existam dragões, nós somos o fogo do dragão. Somos a chama criativa, cintilante, cauterizadora e curativa de um Universo temeroso e encantador.”
A estrela atinge a consciência da própria beleza e do próprio trabalho criativo através da mente humana. (é lindíssimo!)
Nem vc esqueceu Jesus quando citou “então esqueça Jesus”. rs
Oi!?
Não. A citação não é minha. É do Físico Laurence Krauss. E, assim como as palavras de Brian Swimme (Físico/matemático/cosmologista), citado por vc e que tanto te sensibilizou, procuro vê-las dentro do seu contexto original para que nada se perca: nem no campo da beleza, nem do sabedoria, guardada as devidas proporções pelo meu desconhecimento (técnico) da matéria.
Quanto às de Jesus – não entendi o “Nem vc…” – rs., além dos 2 aspectos acima, me esforço para incluir o ‘exercício da prática’, (visão pessoal)sem o qual qualquer ensinamento/orientação perde a função e se tornam tão somente um ‘belo discurso’, p/mim. A “dica” está contida nas palavras ‘morrer para vcs viverem’, sob a visão de um Cientista e não de um Teólogo, para entender a palavra “esqueça”.
NÃO HÁ ofensas e nem atritos. Pisc*
Uma semaninha boa, Norma
Belíssimo video. Profundo e simples.
Retornarei ao site para conhecer melhor o trabalho.
O Deus que habita em mim reverencia o Deus que habita em você – Namastê! –
Considerando que o universo ou aquilo que o contém é infinito em espaço e eterno em tempo, o fato mais fantástico, surpreendente e mesmo incrível sobre o universo é que a vida exista precisamente agora, neste momento a que convencionamos chamar presente.
Regarding the fact that the universe is infinite in space and eternal time, the most amazing, surprising and awesome thing about the universe is that life exists right now, at this precisely moment, that we agreed to call present time.