Trecho do livro “A Study in Karma” (1917), da teosofista britânica Annie Besant (1847-1933), autora de “BrahmaVidya, Sabedoria Divina”, “Formas de Pensamento” e “Um Estudo Sobre a Consciência”, entre outros, onde ela fala sobre as condições da infelicidade humana e sua solução. É quase uma versão teosófica de ensinamentos como o de Swami Dayananda – “O Problema É Você, a Solução é Você”, e do próprio Siddharta Gautama, o Buda, em sua Segunda Nobre Verdade – “A Verdade da Causa do Sofrimento (Desejo)”.
De Annie Besant também é a resposta no post “Por que Deus criou o universo?“, publicado aqui no blog em abril deste ano.
“Eis aqui a luz para o homem bom que se encontra rodeado de condições infelizes. Ele criou seu personagem e ele também criou suas circunstâncias. Seus pensamentos e desejos bons o fizeram quem ele é; ao direcioná-los equivocadamente ele criou o ambiente no qual ele sofre. Deixe-lhe, então, não se satisfazer em ser bom, mas ver também que sua influência em tudo o que o rodeia é benéfica. Então isso deve agir nele como um bom ambiente. Por exemplo, uma mãe é muito altruísta, e quando ela cede demais ao seu filho, às próprias custas, por todos os seus caprichos, não o ajuda em nada a superar suas próprias inclinações egoístas, fomentando sua natureza inferior e privando-o do mais elevado. O filho cresce egoísta, descontrolado, escravo de seus próprios caprichos e desejos. Ele gera infelicidade em casa, e não raramente traz a ela dívida e desgraça. Esta reação é o ambiente que ela criou por sua falta de sabedoria, e ela deve aguentar a angústia que vem com ele.
Um homem egoísta pode, por outro lado, criar para si mesmo, no futuro, um ambiente considerado afortunado no mundo. Com a esperança de ganhar um título, ele constrói um hospital e o equipa totalmente; muitos sofredores vão encontrar alívio nele, muitos doentes terminais terão seus últimos momentos de calma ali, e muitas crianças serão carinhosamente cuidadas e terão suas saúdes reestabelecidads. A reação a tudo isso será fácil e ambiente agradável, e assim ele vai colher os frutos do bem físico que ele semeou. Mas seu egoísmo também semeará algo de sua própria espécie, e tanto mentalmente e moralmente ele colherá essa colheita também, uma colheita de decepção e de dor.”
~ Annie Besant
Querido Nando, o seu blog me dá doses diariamente de sabedoria e espiritualidade. Obrigada por compartilhar! O segundo parágrafo do texto acima é perfeito para o momento que estou vivendo com o Tutu, tendo que dizer tantos nãos a tanta manha. Um beijo
Que ótimo, Lu! Esse livro da Anne é todo muito bom. Um abraço apertado no Tutu e Henrique! beijos
Realmente é desastrosa essa experiência.Quando estamos vivendo muito próximo de pessoas que estão acometidas deste desafio é só com muita Compaixão Verdadeira que podemos favorecer el alguma ajuda,pois infelizmente podemos cair nos julgamentos e sentimentos de formados e incorrer no risco de martirizar pessoas queridas,as quais estão já sofridas das conseqüências de suas deformidades e ignorância.Fico agradecido desta postagem e da Grande Sabedoria de “Ane” nesse tema que acomete muitas familias,principalmente as Mães.