Nem sempre há possibilidade de vermos imagens de vídeo de grandes mestres e filósofos antigos que inspiram nossa vida, mas graças a algumas pessoas que publicam filmagens raras na Internet, podemos ter acesso e ver, por exemplo, o mestre indiano Ramana Maharshi entre seus discípulos em Tamil Nadu, seu estado natal na Índia. As imagens são da última década de vida de Ramana Maharshi, algumas datadas de 1949, e mostram o mestre conhecido por sua mensagem de “auto-investigação” (self-enquiry) em sua casa, entre discípulos, ao redor de animais e andando nas proximidades da montanha Arunachala, considerada sagrada pelos hindus — localizada na cidade de Thiruvannamalai, em Tamil Nadu, sudeste da Índia.
Conhecido por seus ensinamentos “em silêncio”, Ramana Maharshi teve sua experiência de “liberação” (moksha) aos 16 anos e pregou a busca de si mesmo, que se assemelha ao auto-conhecimento ensinado pelas escolas Advaita (não-dualistas) hindus e budistas. Para ele, o que era necessário era procurar por quem existe, “investigue e descubra”.
Segue o vídeo com as imagens de Ramana Maharshi abaixo, e logo depois, um pequeno parágrafo contendo palavras do mestre indiano.
“As pessoas dizem ‘quero Deus’. ‘Quero realizar Deus’. Então pergunto porque? E elas dizem ‘não aquento mais este sofrimento’. Digo a elas então: livre-se da ilusão do sofredor, você não pode ter Deus enquanto acreditar que é um ‘sofredor’, realize a verdade sobre si mesmo. Deus é essa verdade. Elas não entendem isso a principio, querem uma solução imediata, do modo delas, assim criaram um deus pra isso, um ser externo a elas mesmas, que vai chegar um dia para livrá-las. Deste modo o que temos? Uma ilusão, a ilusão de ‘ser uma pessoa’. Ele mesmo o sofredor que se separa do sofrimento e quer se livrar dele. Mas existe essa separação? Pessoa, sofrimento e sofredor? Investigue e descubra”.
~ Bhagavan Sri Ramana Maharshi *
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Tradução de Marcos Gualberto
vim ao mundo no dia 6 de setembro de 1928 aos 16 ou 17 anos comecei a ler pensadores Indianos e Budistas e continua sendo as minhas leituras,hoje penso que já sei algumas coisas sobre mi mesmo,graças a eles.
Amém, Jose Benedito.
Sigo a linha do silencio e agradeço suas publicações.
Flavio Marcondes