Inspirado num post de Jeff Foster hoje no Facebook, que continha “apenas” a bela frase-título deste post, segue abaixo a parte final do discurso do filósofo indiano Jiddu Krishnamurti (1895-1986) sobre o estado em que pode acontecer o aprendizado ou a mudança interior, que só acontece aqui, agora, ou não acontece. O trecho é o final do capítulo 20, “Time and Transformation”, do livro “The First and Last Freedom“, que gostaria de recomendar a quem curte o tema da liberdade da mente e/ou gostaria de ler mais sobre Krishnamurti. Quem quiser ler o capítulo inteiro, em inglês, pode ver em jiddu-krishnamurti.net.
Eis o texto:
“A revolução só é possível agora, não no futuro; a regeneração é hoje, não amanhã. Se você quiser experimentar o que eu estou dizendo, encontrará regeneração imediata, uma novidade, uma qualidade de frescor; porque a mente está sempre tranquila quando está interessada, quando deseja ou quando tem a intenção de entender. A dificuldade com a maioria de nós é que não temos a intenção de entender, porque temos medo que, se entendermos, isso pode trazer uma ação revolucionária na nossa vida, e então resistimos. É o mecanismo de defesa que está em ação quando nós usamos o tempo ou um ideal como meio de transformação gradual.
Assim a regeneração só é possível no presente, não no futuro, não amanhã. Um homem que se apóia no tempo como meio pelo qual pode conquistar felicidade ou realizar a verdade ou Deus está simplesmente decepcionando a si mesmo; está vivendo na ignorância e portanto em conflito. Um homem que vê que o tempo não é o caminho pra fora da dificuldade e que portanto está livre do falso, tal homem naturalmente tem a intenção de entender; portanto sua mente está quieta espontaneamente, sem compulsões, sem prática. Quando a mente está parada, tranquila, sem procurar qualquer resposta ou qualquer solução, nem resistindo ou evitando – é somente então que pode haver regeneração, porque então a mente é capaz de perceber o que é verdade; e é a verdade que liberta, não seu esforço de ser livre”.
~ Jiddu Krishnamurti