O território livre do espírito e a verdadeira democracia dos sebos, por Drummond

Trecho de “O Sebo”, de Carlos Drummond de Andrade. (na íntegra aqui ou aqui)

“(…) A inenarrável promiscuidade dos sebos! Dante em contubérnio com o relatório do ministro da Fazenda, os eleatas junto do almanaque de palavras cruzadas, Tolstoi e Cornélio Pires, Mandrake e Sóror Juana Inés de la Cruz… Nenhum deles reclama. A paz é absoluta. O sebo é a verdadeira democracia, para não dizer: uma igreja de todos os santos, inclusive os demônios, confraternizados e humildes. Saio deles com um pacote de novidades velhas, e a sensação de que visitei, não um cemitério de papel, mas o território livre do espírito, contra o qual não prevalecerá nenhuma forma de opressão.”

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