Trecho de “O Sebo”, de Carlos Drummond de Andrade. (na íntegra aqui ou aqui)
“(…) A inenarrável promiscuidade dos sebos! Dante em contubérnio com o relatório do ministro da Fazenda, os eleatas junto do almanaque de palavras cruzadas, Tolstoi e Cornélio Pires, Mandrake e Sóror Juana Inés de la Cruz… Nenhum deles reclama. A paz é absoluta. O sebo é a verdadeira democracia, para não dizer: uma igreja de todos os santos, inclusive os demônios, confraternizados e humildes. Saio deles com um pacote de novidades velhas, e a sensação de que visitei, não um cemitério de papel, mas o território livre do espírito, contra o qual não prevalecerá nenhuma forma de opressão.”
Que achado esse textinho! Adorei.
Bjs!
Clara
Cara, ja comprei muita coisa boa no Sebo pra ler, e em otimo estado, preço reduzido,altas reliquias, vale apena.