Discurso “On the Mindless Menace of Violence“, de Robert F. Kennedy (em 05/04/1968). Voz original sobre imagens montadas. Se você não viu o filme (ainda), não veja o vídeo abaixo (é melhor no filme).
O trecho final do discurso é uma obra-prima. Abaixo:
“(…) Quando você ensina um homem a odeia e temer seu irmão, quando você ensina que ele é um homem menor por causa da sua cor ou de suas crenças ou as políticas que ele busca, quando você ensina que quem é diferente de você ameaça sua liberdade e seu emprego e sua família, então você também aprende a combater os outros não como companheiros cidadãos mas como inimigos, a serem reunidos não em cooperação mas em conquista; a serem subjugados e vencidos.
Nós aprendemos, no fim, a olhar nossos irmãos como estranhos, homens com quem nós dividimos uma cidade, mas não como uma comunidade; homens conectados a nós pela luta, mas não pelo esforço comum. Nós aprendemos a dividir apenas um medo comum, apenas um desejo comum de nos isolarmos uns dos outros, apenas um impulso comum de encarar a discordância com a força. Para todas essas coisas, não há respostas finais.
Ainda assim, sabemos o que devemos fazer. É alcançar justiça verdadeira entre nossos colegas cidadãos. A questão não é quais programas deveríamos procurar para agir. A questão é se podemos encontrar em nosso meio e em nossos corações a liderança de propósito humano que vai reconhecer as terríveis verdades de nossa existência.
Devemos admitir a vaidade de nossas falsas distinções entre homens e aprender a encontrar nosso próprio progresso na procura do progresso dos outros. Devemos admitir a nós mesmos que o futuro de nossas crianças não pode ser construído com a infelicidade dos outros. Devemos reconhecer que essa curta vida não pode nos enriquecer ou enobrecer pelo ódio ou vingança.
Nossas vidas nesse planeta são curtas demais e o trabalho a ser feito é grande demais para deixar esse espírito continuar por mais tempo em nossa terra. Claro que não podemos vencê-lo com um programa, nem com uma resolução.
Mas nós podemos talvez lembrar, mesmo que por um tempo, que aqueles que vivem conosco são nossos irmãos, que eles dividem conosco o mesmo momento na vida; que eles buscam, como nós buscamos, nada mais que uma chance de viver susas vidas com significado e na felicidade, vencendo com a satisfação e a realização que eles podem.
É certo que esse compromisso de fé, esse compromisso de objetivo comum pode nos ensinar algo. É certo que podemos aprender, ao menos, a olhar àqueles ao nosso redor como semelhantes, e certo que podemos começar a trabalhar um pouco mais forte para curar as feridas entre nós e nos tornar em nossos corações irmãos e conterrâneos novamente.”
Assisti o filme Bobby, na verdade, uma parte dele; então achei a história muito interessante, amei muito mais quando ouvi o discurso de fraternidade e igualdade! Quando ouvia aquelas palavras, meu coração ficou muito feliz e contente, por que alguém, tentou lutar pelos direitos humanos, pela igualdade da sociedade. Além de ser muito lindo o filme, descobri que alguém bem depois de Jesus amou a sociedade e teve compaixão.
Brasil\Amazonas\Manaus
Por várias vzs deixei de assistir ao filme. Essa semana consegui assisti-lo e agora vejo como fui idiota em ñ te-lo assistido antes. Aqueles momentos de varias vidas que ali se encontravam, sendo trabalhando, pessaos passageiras, o vai e vem de pessoas que nunca imaginariam que iria acontecer nos momentos seguintes. Eu na minha ignorãncia, nunca imaginei que como certas palavras, e o modo como são colocadas podem fazer a gente se sentir ao mesmo tempo grandiosos e tbm mesquinhos. Após ler o discurso de “BOBBY” senti um aperto, um vazio interior, algo como incompleto. Seria de bom grado que nossos politicos, pessoas que fazem uso das midias para se promoverem ou mesmo nas escolas, esse discurso fosse algo a ser posto em analise. Ñ sei praticamente sobre a vida e tragetoria de Bobby, mas pelo discurso percebi que erea ser visionario, seja em relação ao planeta, seja em relação a nós que nele estamos e a nossa fraquesa como ser humano em relação aos nossos irmãos. Mas como o nosso irmão “JESUS”, por ser diferente e isso incomodava, calaram-no.
Belo depoimento Renilto. As semelhanças não são meras coincidências, muitas forças como a dele foram “caladas” num período curto, numa época de libertação e união, como a do irmão JFK, a do ativista Martin Luther King Jr e a do pacifista John Lennon. Concordo que esse discurso deveria estar numa escola política brasileira, uma a qual todos os candidatos deveriam frequentar antes de aspirar a qualquer cargo.
Grande abraço,
Nando
explndido este depoimento riquissimo em sabedoria … Sobre a igualdade familiar desenvolnimento comercial, igualdade social… fatores esses que devemos seguir e darmos as maos e se solidarizar com todos e com tudo existente neste planeta, para nque no futuro promissor termos nossos netos bisnetos… usufruindo deste planeta tudo de bom.
A conscientização do Sen. Kennedy expressada em seu discurso, sobre as pessoas dividirem um mesmo momento na vida que é curta neste planeta, e que devemos faze-la melhor, agindo com cumplicidade para o bem de todos, é algo que poucos seres humanos tem acesso.
Embora Robert Kennedy não tenha sobrevivido após sua vitoria política na eleição presidencial, suas idéias sobreviveram com a mesma força impactante até os dias de hoje
Seu discurso carrega palavras sobrias, nobres e dignas.
Nos indica a trilha em que devemos seguir e amplia dentro de cada um que consegue ouvi-lo, o amor e a generosidade, base para a igualdade entre seus irmãos e compatriotas.