Uma das grandes coisas desse 2005 (embora uma marca aí não ache isso) foi a popularização dos carros Flex. Acho surpreendente até, e muito positivo. Poder usar gasolina ou álcool já é uma opção não só de carros caros, como EcoSport e Astra, mas de carros populares, como Gol e Palio. Já são mais de 1.000.000 de carros Flex no Brasil, maior produtor de etanol do mundo. Num mundo over-dependente do petróleo e pagando caro por seus problemas ambientais, poder optar pelo álcool, sem diferença notável de desempenho (a não ser na já conhecida relação de consumo por km) é uma qualidade que entusiasmaria Darwin – adaptabilidade. Há alguns cuidados a se tomar, mas mesmo eles já estão sendo resolvidos – a Fiat deve lançar um Tetra Fuel em breve (que funciona com gasolina pura e terá menos risco de problemas). É um avanço notável. THANK YOU, 2005.
A revolução Flex – alô Darwin
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Também achei um grande avanço o carro Flex, Nando. Mas tem sempre o outro lado. O álcool é um combustível que tem sangue e lágrimas no seu DNA. Bem aqui no Brasil. Tem gente morrendo de excesso de trabalho nos canaviais (“birola”, uma ocorrência frequente de morte súbita que uma comissão da ONU tá investigando), e não é só no Nordeste não, é principalmente no estado mais rico do país. Outra coisa: pra fazer álcool se usa petróleo. Nos tratores, aviões, caminhões, colheitadeiras. E a monocultura em larga escala devasta a biodiversidade e afeta a segurança alimentar. A região de Ribeirão Preto tá sofrendo com isso. Erosão, secas, poluição atmosférica, queda na produção de alimentos… O Brasil ainda vai ter que quebrar a cabeça pra resolver esse tema complexo. Em breve te passo o estudo completo em que tou trabalhando.
Que a produção teria que ser enorme, eu já desconfiava. A inconsciência e a indulgência (da não-necessidade) continua sendo o principal problema disso tudo, de nós e do nosso consumo. Veículos menores, com menos potência, menos gasto, talvez ajudasse também. Mas o principal seria penalizar o gastador inconsciente e a empresa gastadora. Penso sempre no transporte ferroviário, que poderia tirar milhares de caminhões da estradas tb. São várias coisas.
Nesse estudo, Dauro, há algum comparativo do estrago do álcool com o estrago da gasolina? Seria interessante pq continuamos tendo que fazer opções. Te agradeço desde já pela informação e pela pesquisa – aguardarei! :)
Parece que tem muita gente com vergonha do consumo do flex. Não se fala para não passar por bobo, mas tem carro “fraquinho” fazendo uma miséria de kilometragem por litro, tanto com alcool como com gasolina. Tem alguma coisa errada no ar. E a gama termica das velas de igniçaõ , como fica. Por que vender alcool para o Japão. Como fica o nosso território. Como fica o futuro das crianças, que já são muitas?