Abaixo, trecho da carta de renúncia que o sr. John Brady Kiesling, ex-funcionário da Política Externa dos EUA e ex-Conselheiro Polítco da Embaixada Americana em Atenas, enviou ao sr. Secretário de Estado Colin Powell:
[via New York Times, thanks Plasticbag]
[*] “oderint dum metuant” significa “deixem-nos odiar tanto quanto (desde que) tenham medo” (provérbio do poeta romano Lucius Accius, frase favorita de Calígula e Cícero, mas não de Sêneca).Dear Mr. Secretary:
I am writing you to submit my resignation from the Foreign Service of the United States and from my position as Political Counselor in U.S. Embassy Athens, effective March 7. I do so with a heavy heart…
The policies we are now asked to advance are incompatible not only with American values but also with American interests. Our fervent pursuit of war with Iraq is driving us to squander the international legitimacy that has been America’s most potent weapon of both offense and defense since the days of Woodrow Wilson. We have begun to dismantle the largest and most effective web of international relationships the world has ever known. Our current course will bring instability and danger, not security.
We should ask ourselves why we have failed to persuade more of the world that a war with Iraq is necessary. We have over the past two years done too much to assert to our world partners that narrow and mercenary U.S. interests override the cherished values of our partners.
We have a coalition still, a good one. The loyalty of many of our friends is impressive, a tribute to American moral capital built up over a century. But our closest allies are persuaded less that war is justified than that it would be perilous to allow the U.S. to drift into complete solipsism. Loyalty should be reciprocal. Why does our President condone the swaggering and contemptuous approach to our friends and allies this Administration is fostering, including among its most senior officials. Has “oderint dum metuant”[*] really become our motto?
nando, voce e’ jornalista, nao?
Gosto das suas fontes. Esse tal de plasticbag e’ bem interessante. Gosto tambem dos temas dos seus postings. Algum desses dias, vou escrever alguma coisa sobre yoga e aryuveda em NY (mais especificamente sobre o dia que fiz aula de yoga com a Gwyneth Paltrow). vou dedicar o posting a vc.
Pati,
yes. sou formado e trabalhei muito como jornalista, agora só web (ou quase só).
dedique-me, adorarei. :)
vc é muito generosa, ainda bem q eu adorei seu blog antes, assim não fica parecendo puxa-saquismo. ;)
bjs,
.n
A carta de renúncia diz tudo o que precisa, e vem de alguém de dentro desse governo. Difícil refutar.
Enquanto isso, aqui no Brasil está cheio de gente que acha que está tudo ótimo.
o que me agrada é que a carta é um espelho, é de americano para americano, de um insider do próprio governo (!), e foi escrita por alguém que conhece o cenário político internacional (atuando em nome dos Estados Unidos). não é nem uma carta, é uma manifesto.
Eu deveria copiar pro meu blog, mas enchi o saco de debater a guerra com os cabeça-duras. Melhor é o Silêncio.