Culpado ou Inocente?
Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino. O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.
O juiz, que também foi comprado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que este provasse sua inocência.
– Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor: vou escrever num pedaço de papel a palavra INOCENTE e no outro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto. O Senhor decidirá seu destino – determinou o juiz.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance de o acusado se livrar da forca. Não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos e, pressentindo a “vibração”, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.
– Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber o seu veredicto?
– É muito fácil. – respondeu o homem – Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o contrário.
Imediatamente o homem foi liberado.
Moral da História:
Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até o último momento. Saiba que, para qualquer problema, há sempre uma saída. Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar.
Culpado ou Inocente?
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5 replies on “Culpado ou Inocente?”
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Muito boa essa fábula hein? tava precisando mesmo de alguma coisa q me de esperança.
Nossa! Muito legal essa estória!!! E é preciso ter astúcia também, saber aproveitar todos os momentos. :)
essa história é auto-realizadora, é uma auto-profecia! porque eu não tinha esperança nenhuma que logo vc, Newton, o pior inimigo dos posts longos, verdadeiro ácido sulfúrico dos grandes parágrafos, exterminador de blogs com scroll, foi o primeiro a ler esse post imenso e o primeiro a responder!!! :) sensacional!
Ah! E essa história é um verdadeiro “presente de aniversário” e eu já a contei prum monte de gente. :) Sensacional!
Nando, no último álbum de quadrinhos que fez, _Minor Miracles_, o Will Eisner recontou exatamente essa história. Ao invés do juiz comprado, os valentões da vizinhança; ao invés da cidade medieval, as ruas do Brooklin; ao invés da forca, a ameaça de apanhar. Vou colocar um link no meu blog (comecei um!)