“Não posso me resumir porque não se pode somar uma cadeira e duas maçãs. Eu sou uma cadeira e duas maçãs. E não me somo.”
~ Clarice Lispector“Eu tenho dentro de mim um cangaceiro manso, um palhaço frustrado, um frade sem burel, um mentiroso, um professor, um cantador sem repente e um profeta.”
~ Ariano Suassuna
Eu sou Luiz Fernando Pereira, cadeira, maçã, pinheiro, padeiro, monge, palhaço, serpente, caveira, sequóia, etc. Claricices à parte, sou autor do Dharmalog, terapeuta proprietário da Hridaya Terapia, formado pela Escola Yoga Brahma Vidyalaya e International Academy of Ayurved (India), especialista em Gestalt Terapia pela Escola Gestalt Viva Claudio Naranjo (Rio de Janeiro), Pós-Graduando em Psicologia Transpessoal e instrutor de Meditação. Se você está em São Paulo capital, sinta-se convidado a conhecer e começar seu trabalho de terapia. Se você não está em São Paulo, também está convidado.
Minhas inquietações e buscas sobre a vida, a morte, a existência, o universo e o-que-estamos-fazendo-aqui-afinal foram e são as sementes, a terra e a água deste espaço, onde divido parte do que descubro e encontro nesse caminho, na Internet e fora dela. Como jornalista, busco a verdade das coisas que investigo, busco fontes e confiabilidade, pluralidade, universalidade e síntese; como terapeuta busco o processo íntimo, humano e pessoal de cada passso, respeitando cada e todo caminho.
Ainda assim, pelo nome do blog deve ser fácil deduzir que tenho apreço parcial e reverente pelo Ioga e pelo Budismo, de onde vem e onde é muito usada a expressão “dharma“. Na verdade tenho respeito e apreço por praticamente todas as escolas e sub-escolas que compõem essas duas ciências do auto-conhecimento (mas por muitas outras também). A descoberta da sabedoria dos iogues e lamas foi um evento transformador na minha vida, como sei que foi e ainda vai ser pra muita gente, como a abertura de um novo universo de ciência, profundas verdades e revelações. Nada disso apaga o fato de eu ter nascido ocidental e ter aprendido culturalmente a exercer um músculo racional e cético, dimensões que também estão aqui, apenas um pouco mais equilibradamente (eu acho né).
Tenho minha prática pessoal, que inclui meditação e ioga, mas respeito muitas práticas, muitos caminhos, cada um pleno e adequado a cada momento. Esse espírito plural, para além de escolas e setores, para além de nomes e classificações, pauta os posts deste site e tenho certeza que é uma das suas forças. Assim continuará sendo.
E nesse espírito, durante alguns anos, foram publicados aqui mais de 2.300 posts sobre esses assuntos, dentro das minhas limitações e compreensões de cada momento. É feito com e por amor a esse caminho e à possibilidade de nos comunicarmos sobre ele.
É isso. Se quiser falar comigo, meu email é nando@dharmalog.com.
Obrigado.
Falar a partir de ninguém faz comunhão com as árvores
Faz comunhão com as aves
Faz comunhão com as chuvas
Falar a partir de ninguém faz comunhão com os rios,
com os ventos,
com o sol,
com os sapos
Falar a partir de ninguém
Faz comunhão com borra
Faz comunhão com os seres que incidem por andrajos
Falar a partir de ninguém
Ensina a ver o sexo das nuvens
E ensina o sentido sonoro das palavras
Falar a partir de ninguém
Faz comunhão com o começo do verbo
~ Manoel de Barros (“Ninguém”, Ensaios Fotográficos p.25)
“No que se refere às coisas divinas, a crença não é apropriada.
Apenas a certeza é digna.
Qualquer coisa menos que a certeza é indigna do divino”.
~ Simone Weil
“Estudar o Caminho é estudar a si próprio.
Estudar a si próprio é esquecer-se de si próprio.
Esquecer-se de si próprio é tornar-se iluminado por todas as coisas do universo.
Ser iluminado por todas as coisas do universo é livrar-se do corpo e da mente, de si próprio bem como dos outros. Até mesmo os traços da iluminação são eliminados, e vida com iluminação sem traços continua para sempre.”
~ Mestre Dogen
“O sábio rejeita àquele que enxerga a si mesmo como sendo diferente do Ser.
O guerreiro rejeita àquele que enxerga a si mesmo como sendo diferente do Ser.
O mundo rejeita àquele que enxerga a si mesmo como sendo diferente do Ser.
Os deuses rejeitam àquele que enxerga a si mesmo como sendo diferente do Ser.
Os seres rejeitam àquele que enxerga a si mesmo como sendo diferente do Ser.
O Todo rejeita àquele que enxerga a si mesmo como sendo diferente do Ser.
O sábio, o guerreiro, o mundo, os deuses, estes seres vivos, o Todo, são o Ser.”
~ Yajur Veda, Brihadaranyaka Upanishad IV, V
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