“Meus Últimos Dias: conheça Zach Sobiech” (My Last Days: Meet Zach Sobiech) é um pequeno e potente documentário que mostra a experiência do garoto americano Zach Sobiech (1995-2013) após receber o diagnóstico de uma doença terminal — o vídeo do documentário foi publicado há 3 meses no Youtube e já tem mais de 9 milhões de reproduções. O vídeo segue abaixo traduzido e legendado livremente por este blog. Enquanto a história era assistida e compartilhada por usuários e sites como este, Zach Sobiech veio a falecer, no dia 3 de maio deste ano.
“Hoje aqui, amanhã desaparecidos” era um dito usado pelo grande mestre Zen japonês Dogen (1200-1253), e mais do que apenas uma frase, essa sensação é nítida durante o vídeo em que Zach e sua família falam sobre essa desafiadora experiência. O fato do vídeo ter 22 minutos (e não ser um clipe de apenas 2 ou 3 minutos) faz com que fiquemos imersos nessa percepção da proximidade da morte de uma maneira mais forte e diferente. Para fazer a tradução e sincronização tive que assistir algumas vezes e senti um pouco esse efeito.
Um alerta: apesar da história ser importante, e da generosidade de Zach e da sua família, e também de boa parte do vídeo ser alegre e leve, a história é forte e há momentos de comoção. Nas primeiras vezes que assisti tive a impressão de que havia um sentimentalismo em perguntas como “como você vai se sentir quando Zach não estiver mais aqui?” dirigidas à irmã mais nova dele, e também na sequência em que Zach se despede da família, mas, depois, me perguntei se não era exatamente esse tipo de pergunta que é esperada de registros como esse, e se também nós mesmos não nos fazemos ao assistir ao vídeo e relacioná-lo com nossa vida. Fica a critério de cada um decidir a medida.
O filme, no entanto, parece ter alcançado o objetivo de gerar a percepção que “você não precisa descobrir que vai morrer para começar a viver“, como diz Zach logo no início. Vários de mais de 10 mil comentários no YouTube são de gratidão a Zach, como, por exemplo, o de um usuário que assina como M Schoenfuss: “Tenho 44 anos. Você, ZACH, me ensinou mais sobre a vida em vinte e poucos minutos do que eu achava que sabia. Deus esteja com você! Obrigado“.
O vídeo foi dirigido por Justin Baldoni, produzido pela SoulPancake com a Wayfarer Entertainment, e contém as músicas “Flowers in her hair” (The Lumineers), “Clouds” (A Firm Handshake), “For My Grace” (original de Zach Sobiech) e “Sandcastles” (A Firm Handshake). Segue abaixo legendado em português (caso as legendas não estejam ativadas automaticamente, clique no menu de comando logo abaixo do vídeo e escolha “Select Language” e então “Portuguese, Brazilian”- caso o vídeo não apareça, recarregue esta página ou use este link alternativo):
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Nossa me emocionei, eu nunca assisto filme ou qualquer coisa que me remeta a imaginar que alguém possa morrer no final, eu explico porque, rs, eu sempre choro muito meus dois filhos sabem disto, até em final de novela se duvidar. Mas.. não consegui fugir de ver este documentário e passaram muitas coisas, pessoas que de alguma forma estão presentes na minha vida. Inclusive, na vida em si que todos temos a cada dia que despertamos, tanto desperdício, violência, expetativas, e a tal busca pela felicidade que a maioria não consegue nem mesmo se aproximar, porque busca demais e sente tão pouco. Eu suspiro e mal posso entender como podemos não entender de verdade porque somos assim. Em alguns momentos a expressão do olhar da alegria em um misto com a tristeza, Zach deixava tão nítido o significado de estar vivo, de amar e ser amado. Eu só lamento… e ao mesmo tempo me enche de esperança de ver como esta família viveu o amor de forma intensa somente aceitando o que a vida proporcionava a eles a maioria das pessoas passam nesta sem nem mesmo sentir todo aquele amor. Lindo demais.
Nossa me emocionei, eu nunca assisto filme ou qualquer coisa que me remeta a imaginar que alguém possa morrer no final, eu explico porque, rs, eu sempre choro muito meus dois filhos sabem disto, até em final de novela se duvidar. Mas.. não consegui fugir de ver este documentário e passaram muitas coisas, pessoas que de alguma forma estão presentes na minha vida. Inclusive, na vida em si que todos temos a cada dia que despertamos, tanto desperdício, violência, expetativas, e a tal busca pela felicidade que a maioria não consegue nem mesmo se aproximar, porque busca demais e sente tão pouco. Eu suspiro e mal posso entender como podemos não entender de verdade porque somos assim. Em alguns momentos a expressão do olhar da alegria em um misto com a tristeza, Zach deixava tão nítido o significado de estar vivo, de amar e ser amado. Eu só lamento… e ao mesmo tempo me enche de esperança de ver como esta família viveu o amor de forma intensa somente aceitando o que a vida proporcionava a eles a maioria das pessoas passam nesta sem nem mesmo sentir todo aquele amor. Lindo demais.
Ninguém se eleva, sem esforço máximo da vontade, dos campos do hábito para as regiões iluminadas das experiências. Entretanto, ninguém atinge as múltiplas regiões da experiência, sem passaportes adquiridos nas agências da dor.
Emmanuel
Como ter um bom relacionamento com as pessoas, como lidar com a violência, como se adaptar à perda de um ente querido? Essas questões podem fazer parte da vida da maioria das pessoas. E, segundo a autora, todas elas derivam de outra ainda maior – Como viver? A pergunta é o ponto de partida da escritora e pesquisadora para a biografia de um pensador do Renascimento – Michel Eyquem de Montaigne. O mesmo questionamento foi fonte de obsessão para pensadores do século XVI, principalmente para Montaigne, apontado como o primeiro indivíduo moderno. Homem da nobreza, alto funcionário público e dono de um vinhedo, ele traduziu em palavras seu pensamento e sua experiência, e o resultado foi um marco de ruptura com o passado medieval e a instauração de um pensamento reflexivo, que marcou o protótipo do homem renascentista. Montaigne é considerado o filósofo que quebrou um tabu e falou de si mesmo em público. Este livro busca relatar a história de sua vida por meio das perguntas que ele mesmo se fez e das tentativas para responder as questões formuladas.
Creio que o mais importante é perguntar sempre ” quem sou eu quem é você?” Enquanto você acreditar que é este corpo, há sofrimento. Quando se passa a ver que somos “algo” que habita temporariamente este corpo, aí tudo muda.Este “algo” pode ser chamado de Alma, Espirito..etc O corpo está hoje aqui amanhã desaparecido…(Dogen)
“Hoje aqui, amanhã desaparecidos”
Ontem, antes de ver o Post acima, cruzei no saguão do meu prédio com um caixão do IML que saia, levando, uma senhorinha de mais de 90 anos. Morta há mais de cinco dias, – quando os vizinhos reclamaram do cheiro – , vivia sozinha e aparentemente sem assistência frequente. Confesso, não foi arrogância de achar que poderia fazer ‘a diferença’, mas o meu 1o. pensamento foi: Puxa! Perdi a oportunidade de conhecê-la!
Não foi arrogância, quando muito, uma pontinha de egoísmo. Eu queria tê-la conhecido, conhecer a sua história, saber como pensava e ouvir dela como levava a sua vida …
AGORA (no agora) não dá mais!
(acho que a família no filme, não perdeu nenhum min sequer. Desconfio.Não sei.Não vi, ainda …)
P.S.: Qualquer função, por mais simples que seja a ação, pode se tornar nobre. A pátina da dignidade, quem dá é o agente.
Deve ter sido difícil. Obrigada pelo empenho,mesmo dolorido, Nando!