Bhikkhu Bodhi conta a história da tartaruga e do peixe para explicar nosso medo do vazio e do “nada”

A seguinte história é contada pelo monge budista Bhikkhu Bodhi ao explicar o Nirvana e o medo que muitas pessoas enfrentam sobre a possiblidade dele significar um mergulho no Vazio ou no Nada, duas expressões que aparecem com frequência no cânone budista e que são também geralmente interpretadas incorretamente. Como o próprio Bhikkhu Bodhi explica, Buda tentou explicar o Nirvana de diversas maneiras, e quando usa expressões para dizer o que ele não é, algumas pessoas interpretam como alguma mera aniquilação. “Mas Buda também descreveu o Nirvana em termos positivos, referindo-se à suprema felicidade, alegria perfeita, paz, serenidade, liberação e liberdade“, diz Boddhi. “Ele chama o Nirvana de ‘a ilha’, uma ilha onde podemos chegar e que é livre de sofrimento”.

A História da Tartaruga e do Peixe” segue traduzida abaixo.

A História da Tartaruga e do Peixe
Como contada por Bhikkhu Bodhi

 

“Para ilustrar esse erro de conceber o Nirvana como um mero nada, os Budistas contam a história da tartaruga e do peixe. Era uma vez uma tartaruga que vivia em um lago com um grupo de peixes. Um dia a tartaruga saiu para uma volta em terra. Ela ficou fora do lago por algumas semanas. Quando retornou encontrou alguns peixes. Os peixes perguntaram a ela, “Senhora Tartaruga, olá! Como vai você? Não temos visto você aqui nas últimas semanas. Onde você estava?” A tartaruga disse, ‘Eu estava em terra, passei algum tempo na terra seca”. Os peixes ficaram confusos e disseram, “Lá na terra seca? O que você está dizendo? O que é esta terra seca? É molhada?” A tartaruga disse, “Não, não é”. “É agradável e refrescante?”. “Não, não é”, “Tem ondas ou marés?”, “Não, não tem ondas nem marés”. “Você pode nadar nela?”. “Não, você não pode”. Então os peixes disseram, “não é molhada, não é fria, não tem ondas, você não pode nadar nela. Então essa sua terra seca deve ser completamente não-existente, apenas uma coisa imaginária, nada real afinal”. A tartaruga disse, “Bem, pode ser” e deixou os peixes para outra volta na terra seca.”

//////////

More from Nando Pereira (Dharmalog.com)
“Pratiquei Budismo, Raja Yoga, terapia, mas não vejo resultados”: uma consulta com Jodorowsky
Há muitas coisas interessantes nesse pedido (reproduzido abaixo) que uma mulher chamada Ema faz a Alejandro...
Read More
Join the Conversation

21 Comments

  1. says: norma7

    “Ensinar as pessoas significa lubrificar as rodas para que as mesmas possam girar; ou fazer flutuar um navio para que o mesmo possa ser movimentado facilmente. ” (Nitiren Daishonin)

    E assim vem procedendo toda semana o Dharmalog. Grata por hoje
    Gassho, Norma

    P.S.: Saudosa do “Pra Contemplar”, deixo uma animação que me lembrou, as palavras do Buda Original descrevendo o Nirvana, no texto acima e pela coincidência do título do vídeo.
    Chama-se Buddha Nirvana, vídeo (curtinho) feito pelo artista francês que atende pelo nome de K. Ele mescla imagens clássicas e tradicionais com animações, filmes e uma computação gráfica retrô, num trabalho que ele mesmo define como BUDDHA SPIRITUAL ART VIDEOS.
    Música: “Eternity” Raga Bhairavi

    http://vimeo.com/13673466

    que ele lhes traga bem estar em seus corações. Bjo Nac

  2. says: Adilson

    Como na alegoria das “SOMBRAS NA CAVERNA” de Platão, não há como explicar uma experiência além da mente comum, com simples palavras.

    Embora todos nós, sem exceção, tenhamos a “Natureza de Buddha”, antes que possamos vivenciá-la é preciso “despertá-la”. Precisamos abandonar a “caverna de Platão” se quisermos ver a Realidade. Mas o medo nos paralisa diante dos Portões da Liberdade.

    Se fosse possível, você aceitaria o Nirvana, agora, neste exato momento, sabendo que para isto, teria que abrir mão de tudo o que você tem ou espera possuir e, também de tudo o que pensa que é ou que poderá vir a ser, neste mundo?

    Nesta pergunta está a “chave”. Aquele que puder responder afirmativamente, com total sinceridade e inabalável convicção, sem qualquer dúvida ou hesitação, não estará longe de se tornar um Buddha.

    1. says: norma7

      Querido Adilson,
      espero de coração que esse seja o seu nome. Nomes são importantes. Gostei do teu coment. e torço que vc tenha marcado para receber followups. Reconheci em ti o “Espírito de Procura” que por vezes me ‘anima’ e te envio o abaixo, com a certeza, de não ser a mais qualificada, porém movida pelo intuito de te dar mais dados para pensar, baseados no que já ‘encontrei’ e no Budismo que professo e estudo, no Aqui e Agora:

      “O budismo classifica em dez categorias ou estados de existência as condições sempre mutáveis da vida. Este conceito é chamado de Dez Estados da Vida (Jikkai).

      1. Estado de Inferno (Jigoku)
      2. Estado de Fome (Gaki)
      3. Estado de Animalidade (Tikusho)
      4. Estado de Ira (Shura)
      5. Estado de Tranqüilidade (Nin)
      6. Estado de Alegria (Ten)
      7. Estado de Erudição (Shomon)
      8. Estado de Absorção (Engaku)
      9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu)
      10. Estado de Buda (Butsu)

      Os Dez Estados indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida, a reação a coisas e fatos externos que disparam a oscilação entre esses estados de vida.

      Estado de Bodhisattva (Bosatsu): é a expressão da total devoção em ajudar e apoiar os outros e indica uma vida cheia de compaixão.
      As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.?

      Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a essência da própria vida e da dos outros, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper, que continua em perfeita harmonia com o ritmo do Universo e existe desde o infinito passado até o eterno futuro.?

      Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final, ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária.

      Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolente.

      Ou seja, Adilson, a Natureza de Buda (iluminado) é despertada no processo do estado de Bodhisattva.

      Na parte final do 2º capítulo Juryo do Sutra de Lótus: “Mai-ji-sa-ze-nem. I-ga-lho-chu-jô. Tôcunhu-mu-jô-dô. Sôcu-jô- ju-bushin” (medito constantemente: como levar a humanidade no caminho da eternidade e ser Buda rapidamente). O Estado de Buda, é uma condição ideal que uma pessoa pode atingir, através de suas atividades altruístas (de Bodhisattva).

      Abaixo uma visão da Conscienciologia (Dr. Waldo Vieira) – do Blog MetaConsciência.

      A literatura espiritualista está repleta de referências sobre seres muito evoluídos denominados, conforme o caso, de Bodhisattvas, Mestres Ascensionados, espíritos de luz, espíritos planetários, arcanjos, Elohins, etc.

      No budismo, o ideal máximo é a realização do dharma (a verdade) e atingir-se o nirvarna, ou seja, a iluminação. Aquele que atinge esse estado é chamado de Budha (o iluminado), um ser transcendental e supremo. Os que ainda estão no caminho de tornarem-se Budhas são denominados Bodhisattvas. Após passarem por vários estágios de perfeição (paramitas) o Bodhisattva pode atingir sua libertação da roda das reencarnações (samsara), mas, às vezes, opta por permanecer na sua condição de homem para libertar outras pessoas do sofrimento. Os Bodhisattvas seriam pessoas dotadas de uma compaixão ilimitada e transcendente. Mais do que isso o Bodhisattva seria o amigo, o servo e o pai espiritual de todos os seres, independentemente de conhecê-los pessoalmente.

      No hinduísmo existe a figura do avatar (a divindade que desceu à carne), um ser que não está sujeito à economia universal, de corpo puro, visível como imagem de luz, e que acha-se livre de qualquer dívida para com a natureza. O avatar seria, portanto, um paramúkta (ser supremamente livre, com completo poder sobre a morte), alguém que já transcendeu ao máya (ilusão) e a roda das encarnações.

      O espiritismo, baseado nos processos mediúnicos, prega que ao longo do processo das reencarnações os espíritos vão progredindo até por fim chegarem a condição de espíritos superiores. Os espíritos superiores reunindo em si a ciência, a sabedoria e a bondade, afastam-se daqueles que são comandados pela simples curiosidade ou pela influência da matéria, fugindo à prática do bem. Quando, por exceção encarnam na terra, seria para cumprir missão de progresso e oferecer-nos o tipo da perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.

      Para a teosofia, um Mestre Ascensionado seria aquela consciência que atingiu a mestria sobre as suas energias e de todas as substâncias, tornando-se livre de todas as limitações terrenas e que pode atuar em toda a extensão do cosmo. Os Mestres Ascensionados formariam um colégio invisível denominado Grande Fraternidade Branca e permaneceriam em constante comunicação através dos planos superiores de manifestação. Os Mestres já teriam eliminado a natureza inferior e não mais viveriam para si mesmos mas para toda a humanidade, operando para promover seu progresso.

      Serenões

      Para a conscienciologia, o Serenão seria uma consciência que se encontra no ápice da nossa atual etapa evolutiva e que representaria o grau máximo de evolução que podemos atingir na dimensão intrafísica do planeta Terra. Por conseguinte, o Serenão encontrar-se-ia em suas últimas, ou em sua última encarnação. Ao final dessa última vida intrafísica ele passaria a condição de consciência livre, onde iniciaria um novo ciclo evolutivo.

      O Serenão pode estar na condição extrafísica ou intrafísica (encarnado). Ele surgiria a partir do processo natural de evolução da consciência na medida em que essa vai libertando-se das amarras que a prendem à teia cármica de reencarnações forçadas, surgidas em virtude da lei da causa e efeito (carma). Ao longo de inúmeras existências a consciência vai ganhando cada vez mais lucidez e capacidade de discernimento, passando a planejar existências cada vez mais produtivas onde passa a trabalhar não somente os diversos aspectos de sua evolução, como também a colaborar mais decisivamente para o progresso da coletividade intra e extrafísica.

      Quando no intrafísico, os serenões manteriam sua identidade sob sigilo, de tal forma que somente poderiam ser encontrados ou percebidos por nós durante o processo da EFC – Experiência Fora do Corpo.

      (Ki-Lin: Auto-denominação escolhida por um serenão chinês que, atualmente, encontra-se desencarnado. O Ki-lin é um ser mítico, análogo ao unicórnio que, segundo as tradições chinesa e japonesa, representa o bem, a paz)

      Ficou um apanhado bem maior do eu que esperava. Se não for ‘útil’ p/vc, NO PROBLEM. O Universo apreciará.
      Dando uma ‘trégua’ e entrando em offline em 4…3…2 Pisc*

      Boa sorte, Norma

    2. Norma, isso é totalmente um post! Que beleza de conteúdo. Espero que as pessoas estejam lendo os comentários, porque tá valendo tudo a pena.

      Uma dúvida: essa lista parece conter estados muito efêmeros com fases de existência, como Ira ou Fome (no primeiro caso) e Boddhisattva e Erudição (no segundo caso). É isso mesmo? Você poderia explicar? E onde estariam casos de torpor/preguição, por exemplo?

      Obrigado!
      Nando

  3. says: Adilson

    De dentro da MENTE COMUM, condicionada e fechada em si mesma, a simples possibilidade da existência de OUTRA MENTE, que é “livre, pura e inocente”, parece algo fantástico e absolutamente impossível, pois ela (a mente comum) procura por estas qualidades dentro de si mesma e, por mais que procure, jamais pode encontrá-las. Inumeráveis pessoas alcançaram a MENTE LIVRE e, de forma incansável, nos exortaram a segui-las, e desenvolveram e nos ofereceram muitos diferentes métodos e ensinamentos seguros e válidos. Mas a mente comum é como uma montanha intransponível para aquele que não tem autêntica Fé nas Leis, nos Mestres e nos Poderes Divinos, latentes no Homem. Mesmo que esta Fé seja tão pequenina quanto um grãozinho de mostarda, será suficiente para mudar toda a nossa Realidade Interior e Destino.

    Querida Norma,

    Agradeço imensamente por suas bondosas palavras e atenciosas explicações, que muito ampliaram meus horizontes na busca pela compreensão destes intrincados assuntos.

    Procurarei me aprofundar nos interessantes ensinamentos que você indicou.

    Sim, adilson é meu nome.

    Em retribuição, ofereço-te (e a todos a quem estas palavras possam chegar) a síntese de minha compreensão atual da Jornada para a Iluminação, e minha visão dos diferentes estágios ou “CATEGORIAS OU ESTADOS DE EXISTÊNCIA”, como você se referiu.

    Penso que todas estas classificações que você citou e outras que utilizarei aqui, podem ser úteis, se pudermos aprender as lições que trazem, e não nos agarrarmos a elas. Pois, neste caso, se converterão em obstáculos intransponíveis para nós.

    Antes de tudo quero esclarecer e enfatizar que não considero ninguém melhor (nem pior) do que ninguém. Mas aceito que há diferentes estágios de Ser e estar no Caminho.

    As pessoas estão (ou experimentam-se a si mesmas e expressam-se) em diferentes níveis de Consciência, digamos assim. Eu considero estes diferentes níveis do mesmo modo como considero os diferentes níveis em que um aluno percorre o ciclo escolar. Ou seja, não é porque uma aluno está no primeiro ano do curso elementar que deve ser considerado um “ser” “inferior” a outro que esteja cursando a série seguinte, ou mesmo defendendo uma tese de pós graduação a nível de pós doutorado.

    Para mim todos têm exatamente o mesmo Valor como Almas ou Consciências, inclusive, os “ótimos alunos” que têm nota média 10, não os vejo como sendo superiores aos (que o sistema considera) “péssimos alunos” por terem notas médias abaixo do mínimo para serem “promovidos” para a série seguinte. Para mim todas as pessoas são Almas, Consciências, Filhos de Deus, Essências Divinas, portanto, tudo o mais é absolutamente irrelevante, sejam títulos acadêmicos ou honoríficos, posses materiais, aparência física, castas, religiões, nacionalidade, classe social, idade, sexo, grau de instrução ou erudição, nada disso tem qualquer valor para mim.

    Não faço qualquer distinção entre as pessoas com base nestas “diferenças” exteriores. Este sempre foi o meu modo de me relacionar com os outros – desde criança – o que, convenhamos, não é muito usual ou prático, em nosso mundo feito de aparências exteriores. Em minha vida profissional, dispensava a meus auxiliares e subalternos, o mesmo tratamento respeitoso que oferecia a meus superiores hierárquicos, sem a menor distinção. Infelizmente, alguns “chefes” sentiram-se ofendidos por não receberem um tratamento diferenciado. Sofri represarias por isto, mas alegro-me por ter me mantido fiel à minha Consciência.

    Desde criança senti-me atraído pela busca Interior.
    Senti-me conduzido a estudar filosofia, psicologia, religiões e espiritualidade desde há muito tempo, embora tenha aprendido muito pouco, isto não me desanima. Pois, jamais estudei para me tornar um sábio ou uma pessoa melhor, pois nunca acreditei que o simples acúmulo de conhecimentos, pudesse tornar-nos pessoas melhores ou mais sábias. Mas, ao contrário, busquei tornar-me mais consciente de minha própria ignorância (os estudos têm este incrível poder de nos mostrar o quanto ainda somos ignorantes). Neste sentido, fui presenteado pela Vida, com esta imensa dádiva. Pois, hoje, sinto-me infinitamente mais consciente da minha própria ignorância do que quando comecei meus estudos, há mais de 40 anos.

    Isto tem me permitido certa libertação em relação à minha própria mente condicionada, ou seja, da auto identificação que costumamos chamar de “eu”. O que trás muitas implicações, é claro, mas é muito difícil e extremamente “delicado” falar sobre esta questão. Portanto, é mais prudente e sensato evitar a exposição direta do assunto. Peço que me perdoe(m) por tocar apenas levemente este ponto.

    Diria apenas que, talvez, “eu” seja apenas um pequeno ignorante que aspira a transcender o estado de ignorância, não por amor a si mesmo, mas por Amor à Sabedoria. E também, declaro que há muito compreendi que não é possível transcender a mente comum, a partir dos nossos esforços pessoais, ou seja, da própria mente comum. Por isto, sempre estive “aberto” e “receptivo” à “Ajuda Que Vem do Alto”.

    Nos últimos anos tenho me dedicado a estudar os ensinamentos de Jiddu Krishnamurti e, acredito ter dado mais alguns pequenos passos em direção ao “estado de Mente Livre” que ele sugere em seus discursos.

    Eu realmente não sei em que estágio do Caminho estou, e na verdade não estou muito preocupado em saber. Pois sei que estou onde estou. Não creio que o simples fato de achar que estou aquém ou além de onde quer que possa estar, realmente, me faça avançar ou recuar – um milímetro que seja – no Caminho. Mas considero que perder tempo com este tipo de questionamento poderá reter-me desnecessariamente, num dado ponto da jornada.

    Creio que há dois tipos de autorrealização. Há a autorrealização pessoal com a qual os psicólogos e sociólogos se preocupam, ou seja, a autorrealização do “eu” psicológico, o que inclui desenvolver uma autoestima “saudável”, e ferramentas para “sobreviver” psicologicamente, na sociedade competitiva e patológica de nossa época, com certa desenvoltura e adequados mecanismos de autodefesa, autoajustamento e auto justificação, digamos assim. Reconheço a relativa importância e valor deste estágio, como base para o verdadeiro desenvolvimento posterior.

    Pois há, também, outro nível de Autorrealização. No meu entendimento, decisivo, que ocorre no nível espiritual ou esotérico. Trata-se de uma Autotransformação alquímica no nível da Alma, ou a “entrega” ou “fusão” da personalidade com o Ser. É este tipo de Autorrealização que sempre guiou meus passos neste mundo.

    Nem todas as pessoas são capazes de fazer esta fundamental distinção entre estes dois tipos de “Autorrealização”. Muitas se ocupam excessivamente do primeiro tipo, negligenciando o segundo. Mas é natural que seja assim, considerando o atual estágio coletivo de desenvolvimento espiritual da maior parte da humanidade. Perdoem-me aqueles que pensam o contrário, não estou julgando ou culpando ninguém, apenas observo, com atenção isenta, e vejo os fatos.

    Numa linguagem teosófica, penso que (a partir de certo estágio básico) é possível “abrir-se” para a Luz de Buddhi [o Sexto Princípio do Homem – que nasce da fusão do Quinto Princípio (Manas – a mente) com o Sétimo (Atma ou Espírito)]. Não estou dizendo que “acredito” nisto. Não alimento crenças. Mas posso utilizar esta metáfora, (bem como qualquer dos conhecimentos que adquiri) de forma simbólica e analógica para compreender (ou explicar) intelectualmente o que está além do intelecto e das próprias palavras.
    Uma das formas de “olhar” para esta questão é ver que esta Luz que vem do Ser ou Atma e nos chega através de Buddhi, subitamente, em raros casos, mas geralmente, de forma lenta e gradual, vai iluminando a mente, e transformando o “nível de Consciência” da pessoa, tornando-a cada vez menos egocentrada, menos orgulhosa e menos prepotente e, mais intuitiva, mais compassiva, amorosa e com maior discernimento, pureza e liberdade.

    Portanto, segundo este meu modo particular de “compreender”, não há méritos pessoais, nem razão para qualquer “orgulho espiritual”. Todos os defeitos que manifestamos pertencem a nós, personalidades e, todas as Virtudes Divinas e boas qualidades que “manifestamos” originam-se ou pertencem ao Ser, ao Deus Interno. Portanto, do que haveríamos de nos orgulhar?

    Esta é apenas uma forma de compreender o que as palavras não podem alcançar. É apenas um “dedo” apontando para a “lua”. É só o dedo, não é a lua.

    Reafirmo que não sou um crente, não creio em nada. Não me apoio nas crenças ilusórias da mente, que mudam a cada dia. Uso-as, cautelosamente, sabendo que não são permanentes nem confiáveis. Mas tenho absoluta e inabalável Fé, na Infinita Sabedoria, Justiça e Amor das Leis Divinas que regem os Universos e nossos destinos, e no Poder do Amor dos Mestres, dos Buddhas e Bodhisatvas, Anjos e Almas Puras e também, nos Poderes latentes do Homem – da Semente Divina de Infinito Potencial que nos vivifica a todos e cada um de nós.

    Por isso não me preocupo muito com nada. Mas faço o melhor que posso. Pois sei que a Lei e os Mestres não me pedirão que eu dê um passo maior que as minhas pernas, mas também sei que serão rigorosos comigo, se meus passos forem menores do que o máximo que minhas pernas permitirem.

    Fiquei muito contente e honrado por seu texto.

    Peço que receba(m) estas minhas palavras, como sendo apenas uma humilde oferenda de um simples ignorante, mas também, como o melhor que pude fazer com o limitado entendimento atual de que dispomos. Peço ainda, que me perdoe(m), se algo do que aqui foi dito estiver incorreto ou contenha alguma palavra que possa ser considerada mal colocada ou ofensiva em qualquer sentido.

    Nenhum outro motivo nos inspirou a publicá-las, senão o sincero desejo de Meu Coração em compartilhar o pouco que julgo ter recebido, não por méritos pessoais, mas por acréscimo de misericórdia das “Leis” e dos “Seres Divinos” (Mestres, Buddhas, Bodhisatvas, Anjos e Almas Puras).

    Mantendo-me à disposição e manifestando minha alegria e gratidão pela oportunidade de dialogar contigo,
    Respeitosamente, despeço-me.

    Espero que estas palavras possam ser úteis.

    Paz a todos os seres!

    Namastê!

    1. says: norma7

      Adilson,

      Você sabia que o filho de Abelardo e Heloísa foi chamado de Astrolábio? Quem diria! Um amor tão grande.
      É, nomes são importantes … escolhas.

      Você se comunica e tb escreve muito bem. Duas coisas bem distintas. Disse-me muito, contando um pouco da tua verdade e do teu caminho. ‘Dizeres e quereres’ (entrega/plena confiança no Amor e que o melhor será feito = “Não seja feita a minha vontade, mas a tua.” Lucas 22:42).
      Mas nem precisava: A TUA ENERGIA CHEGA PRIMEIRO.(*) É fato. Não é elogio.
      Muito grata pela atenção plena dada e fique bem,
      Norma
      (*) não há uma gota de misticismo aí. Nem do tipo do “doutor místico” São João da Cruz, o ‘desoncertante’.
      Contudo, li há pouco:
      “Os místicos e os esquizofrênicos encontram-se no mesmo oceano; enquanto os místico nadam, os esquizofrênicos se afogam
      Ronald Laing – psiquiatra britânico

      Veja o teu corpo como um templo, Adilson.
      (“isso é só um castelo. o rei está lá dentro”. Mas cuida de ambos.)
      Quis ser amorosa. Não sei se consegui. Te cuida. Nac?

  4. says: norma7

    Nando.

    Claro que vou tentar. Mas desde já me desculpe. Por aqui passam pessoas altamente qualificadas, inclusive do Budismo de Nitiren Daishonin e o m/coment. anterior foi realmente inspirado pelas palavras do Adilson e o Budismo foi abordado juntamente com outras filosofias e religiões.

    (Preguiça/torpor = estado negativo do Estado “Tranquilidade”)

    Isso é matéria de estudo (inclusive das crianças, afinal os altos e baixos da nossa vida emocional são explicados na teoria budista dos Dez Mundos), apresentado e debatido em reuniões semanais. Consta, inclusive, de apostilas. No Budismo de Nitiren Daishonin fazemos testes Não obrigatórios – só se assim desejarmos e recebemos certificados de aproveitamento, vindos do Japão com os cumprimentos do Sensei D. Ikeda. :)

    Isso posto, :

    1) OS DEZ ESTADOS DE VIDA (Jikkai)

    Costuma-se também classificar os Dez Estados da Vida agrupando-os em função de suas características, conforme breve descrição a seguir:
    • Três e Quatro Maus Caminhos: Os três estados inferiores — Inferno, Fome e Animalidade — são conhecidos como Três Maus Caminhos; e, juntamente com o estado de Ira, constituem os Quatro Maus Caminhos.
    *Ciclo dos Seis Caminhos: Os seis estados constituídos pelos Quatro Maus Caminhos e acrescidos dos estados de Tranquilidade e de Alegria formam o Ciclo dos Seis Caminhos. Na vida diária, as pessoas manifestam esses seis estados em função de influências externas e são arrastadas por elas, não conseguindo manter autocontrole sobre as circunstâncias de sua vida
    .• Dois Veículos: São os estados de Erudição e de Absorção, nos quais as pessoas conquistam uma certa independência na vida por meio da percepção obtida da verdade parcial. Entretanto, as pessoas nos Dois Veículos ficam apegadas à percepção apenas para o bem de si mesma e não se dedicam à felicidade dos outros
    .• Quatro Nobres Caminhos: Os Dois Veículos — Erudição e Absorção — acrescidos pelos estados de Bodhisattva e Buda, formam os Quatro Nobre Caminhos, que são os quatro estados de vida superiores. São condições de vida alcançadas pelos esforços desenvolvidos pelas próprias pessoas quando conseguem se libertar do domínio negativo.
    (Fonte: Apostila)
    +++++

    O Budismo ensina que toda a forma de vida contém dez estados potenciais, chamados Os Dez Estados ou Mundos. Com exceção do Estado de Buda (que é só positivo), todos os outros possuem aspectos positivos ou negativos. Os seis estados inferiores (Seis Maus Caminhos) aparecem quando o indivíduo reage ao seu meio ambiente.

    Por outro lado, os quatro estados elevados (Quatro Nobres Caminhos) aparecem apenas quando o indivíduo faz um esforço.

    Quatro Nobres Caminhos

    ESTADO DE VIDA
    ASPECTOS POSITIVOS e ASPECTOS NEGATIVOS
    ESTADO DE BUDA
    O mundo da perfeita liberdade, a verdade eterna e fundamental que é a realidade de todas as coisas. Caracterizado pela felicidade que não pode ser destruída pelo sofrimento, sabedoria ilimitada, coragem, benevolência e força vital. É o estado intocado pelo carma negativo.

    BODHISATTVA
    Pos.: O mundo do altruísmo, no qual a pessoa atua para as outras pessoas, ajudando-as sem esperar recompensa.

    Neg.:Ficar com pena ou desprezar a pessoa que se está tentando ajudar. Se tornar “mártir” na causa e negligenciar sua própria vida.

    ABSORÇÃO

    Pos.:É o mundo em que a pessoa busca “insight” ou sabedoria através de suas próprias observações do mundo. A fagulha criativa.

    Neg.: Similarmente à Erudição, a pessoa pode se tornar absorta em questões intelectuais, arrogante e não ter bom senso e uma visão de vida mais ampla.

    ERUDIÇÃO

    Pos.: O mundo no qual a pessoa busca compreender algum conceito através dos ensinamentos de outros, com o objetivo de crescimento pessoal

    Neg.:Tendência a se tornar exclusivista, distante da vida diária e se sentir superior aos intelectualmente menos capazes.

    Seis Maus Caminhos

    ESTADO DE VIDA

    ALEGRIA
    Pos.:Por um curto período, a pessoa experimenta prazer intenso e felicidade e se torna positiva em relação ao mundo em geral.

    Neg.: O mundo da felicidade transitória, experimentada ao se satisfazer um desejo. É de curta duração e o desejo de prolongá-lo pode levar a excessos. Da Alegria ao Inferno ou Ira é um pequeno passo.

    TRANQUILIDADE

    Pos.:A habilidade de controlar seus desejos através da razão e de agir humanamente.

    Neg.: O mundo da calma. Um estado frágil e de fácil ruptura, em que a pessoa é incapaz de realizar transformações.

    IRA
    Pos.: A paixão contra a injustiça e para criar um mundo melhor.

    Neg.:O mundo do egoísmo, caracterizado pelo conflito e pelo desejo arrogante de ser melhor do que todos.

    ANIMALIDADE

    Pos.:O instinto de temer o perigo; de dormir e comer regularmente; de reproduzir, de proteger e nutrir vida.

    Meg.:O mundo do instinto, em que a pessoa ameaça os fracos e teme os fortes. Busca do prazer. Estupidez. Viver apenas o presente.

    FOME
    Pos.: Busca por melhorias. O desejo de criar valor. O desejo de viver. O mundo dos desejos, por conforto, por sexo, dinheiro, etc.

    Neg.:Estado que nunca é satisfeito. Ganância.

    INFERNO
    Pos.: Conhecendo-se o sofrimento pode-se entender a felicidade. Ao se compreender o Inferno, pode-se ganhar o desejo de ajudar os outros.

    Neg.:O mundo do sofrimento. Depressão. Desespero. Na sua forma mais externa, o impulso de destruir a si próprio e à tudo o que está em volta.

    Se os Dez Estados não se possuíssem mutuamente, então não haveria escapatória do Inferno ou de qualquer outro estado – nunca. Os Dez Estados existem não somente dentro do indivíduo, mas também na sociedade e no meio ambiente físico. Isto é parte da teoria do Itinen Sanzen (Três Mil Mundos Num Só Momento de Vida),

    +++

    2) De uma adolescente inglesa )

    “(…) os seis estados inferiores, que constantemente ocorrem dentro de cada indivíduo sem que eles façam nenhum esforço e são despertados por acontecimentos do mundo exterior. Estes estados inferiores são Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranqüilidade e Alegria. Vamos olhar mais de perto a Alegria por um momento, um estado de espírito muito procurado.

    Quando adolescente, eu costumava adorar estar apaixonada. Meu mundo era o lugar melhor, eu era generosa para com as pessoas que eu normalmente detestava. Conforme os problemas surgiam, eu lidava com eles sem esforço, ou melhor ainda, nem lidava com eles. No meu estado de euforia abrangente, os problemas pareciam triviais, o trabalho escolar era uma consideração menor e o futuro além do meu devaneio hedonista – inimaginável.

    O problema é que Alegria não dura. Se eu descobrisse que “aquele rapaz” (ou aquele “imbecil” como ele se tornava) também estava saindo com a Maria, meu pequeno castelo de sonhos se desmontava e eu caía instantaneamente no Inferno.

    Conforme minha vida se recuperava, eu caía numa tranquilidade arrogante – eu era boa demais para ele de qualquer forma – mas que também não durava. Mais cedo ou tarde chegaria outro rapaz.

    Estes eram os “estados de espírito” pelos quais eu me precipitei por toda a minha vida. Completamente à mercê deles; as pessoas nunca sabiam como iriam me encontrar, ou quanto tempo um estado iria durar. Eu percebi, porém, com um crescente mal-estar, que continuava repetindo o mesmo padrão de acontecimentos, sem parar e que, o que era pior, não importando o quanto eu achava que tinha aprendido numa determinada situação, eu era impotente para prevenir que ela acontecesse de novo.

    Uma das minhas melhores amigas gosta de uma vida tranquila; quase totalmente ao contrário de mim, ela nunca cria caso. Ela nunca calunia as pessoas ou tenta ser melhor que ninguém, ela só quer que todos sejam bons uns com os outros. Não parece ótimo?

    O problema é que as coisas estão sempre “acontecendo” com ela; as pessoas a sua volta de repente começam a agir muito mal ou as finanças dela despencam.

    Essas coisas sempre a pegam de surpresa – e vai ser sempre assim, porque ela não gosta de tomar as atitudes que preveniriam a próxima catástrofe. E, sempre que a situação se assenta de novo, ela faz o mesmo, como um avestruz em sua tranquilidade – até o próximo e imprevisto desastre.

    Todas as pessoas são atraídas por um ou dois dos nove estados, do Inferno a Bodhsattva, e tendem a funcionar através desses estados com mais frequência. E porque criamos nosso futuro através de ações que são baseadas num desses estados, temos a tendência a formar hábitos que nos fazem infelizes. Por exemplo, se o nosso estado dominante é a Fome – insatisfação inquieta – as causas que fazemos tendem a produzir efeitos que intensificam a nossa Fome. Surge uma pessoa que parece ser a resposta aos nossos sonhos – mas ele ou ela nunca é bom / boa o suficiente e portanto, em pouco tempo, já estamos procurando em outro lugar novamente.
    Seria um erro, no entanto, pensar que podemos erradicar ou suprimir estes estados, presumir que a vida seria melhor sem eles. Eles são parte e parcela da vida e nós experimentamos todos eles a todo o momento, quer gostemos disso ou não.

    Porque eu comecei a achar o trauma emocional muito desgastante. Não quero agonizar sem sentido sobre altos e baixos ilusórios, ou apontar o dedo para fora de mim mesma quando as coisas dão errado; mas, para ser honesta, também não quero perder as minhas paixões na vida tão pouco. Não quero Ter um caráter “imaculado”. Sou bem apegada aos meus nove estados e é bom saber que não tenho que abrir mão deles na minha busca pela iluminação.

    Afinal, é o Estado de Buda, e não a santidade o que estou procurando”.
    (adolescente inglesa) – Gayle Colman para UK Express nº 247″

    3) Veja esse link, num linguajar bem coloquial:: http://www.slideshare.net/lobirila/os-dez-estados-de-vida

    4) Aqui para aqueles já familiarizados e te repondendo:

    Estado de Fome (Gaki): É o estado dominado por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.?

    Estado de Ira (Shura): Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta e impelido pelo espírito competitivo de dominar, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros. A maldade é o estado de Ira.

    Estado de Erudição (Shomon): O estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.

    * Lembremo-nos. que o Budismo é regido por: Fé, Prática e Estudo (= Erudição)

    Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.
    A Erudição e a Absorção surgem quando a pessoa tenta conscientemente compreender a verdade máxima da vida. No entanto, se os esforços forem direcionados apenas para o auto-aprimoramento, qualquer verdade obtida nunca deixará de ser apenas parcial.
    Cada forma de vida está inseparavelmente ligada a todos os outros seres e coisas no Universo porque a realidade máxima da vida que sustenta todas elas é una com a vida do Universo. Conseqüentemente, na tentativa de obter uma visão completa e global da verdade da vida, as pessoas devem compreender primeiro que elas não podem existir separadamente dos outros seres vivos e depois devem se identificar com as dores dos outros a ponto de empenharem-se totalmente para atenuarem os sofrimentos daqueles que estão ao seu redor.

    É importante ao falarmos dos Dez Estados dizer que cada estado contém todos os outros. No estado de Inferno, por exemplo, é possível também alcançar uma poderosa percepção de alguma verdade fundamental.

    Se os Dez Estados não se possuíssem mutuamente, então não haveria escapatória do Inferno ou de qualquer outro estado – nunca.
    Os Dez Estados existem não somente dentro do indivíduo, mas também na sociedade e no meio ambiente físico. Isto é parte da teoria do Itinen Sanzen (Três Mil Mundos Num Só Momento de Vida).

    ++++
    Só a acrescentar que temos o poder de afetar positivamente e transformar gradualmente tudo e todos à nossa volta, ao passo que nós mesmos nos transformamos.

    Boa semana e boa sorte, Norma

  5. says: Adilson

    Querida Norma,

    Agradeço por suas gentis palavras.

    Peço humildes desculpas se o modo totalmente franco e aberto com que me expressei e compartilhei minhas experiências de vida a surpreenderam. Não tenho nada a esconder, proteger ou preservar e, senti que você merecia mais do que o que poderia lhe dar. Então, lhe dei tudo o que tinha a oferecer sobre o tema e, além disto, o caminho e as circunstâncias que me conduziram onde estou. Expus-me, conscientemente, movido por um sincero desejo de ser útil, espero que você possa beneficiar-se. Nada acontece por acaso. Esteja Presente.

    Quis ser amoroso, não sei se consegui.

    Quanto ao “castelo”, você tem razão, vou tentar cuidar dele, também. Grato pela “dica”.

    Foi para mim, realmente, uma grande alegria e honra dialogar contigo.

    Estou profundamente grato por sua amorosa atenção.

    Te cuida!

    Que todos os seres despertem e sejam felizes e Bem Aventurados!

    Namastê!

  6. says: Biza

    Muito obrigado Nando, Adilson e Norma. Hoje minha vida recebeu mais luz na busca por uma felicidade verdadeira. Que o amor inunde suas vidas. Um abraço.

    1. says: norma7

      Oi Adilson,

      Ontem, não tive oportunidade/tempo de te dizer como foi importante a tua participação (de coração aberto) nos comentários para mim e, creio, para muitos que te leu.
      Quem sabe, se a tua presença (de natureza suave, gentil) mais constante nos coments., não inspirassem outros seguidores a virem conversar mais perto da fogueira. A ‘casa’ não é minha, mas sei que a porta esta sempre aberta e o fogo vivo, então, gostaria, entre outros, de te encontrar aqui mais vezes.
      Fique bem, Norma

    2. says: norma7

      Oi Biza,

      Sabe qual foi o meu papel na luz que você recebeu? O de espelho. Só refleti.

      “A Lei dos Espelhos”, afirma que só se pode ver o que se tem dentro de si, independentemente se é o que está realmente presente na realidade ou não.

      De qq forma carinho é sempre bom e o teu chegou numa excelente hora. :)
      Boa sorte, Norma

  7. says: Adilson

    Saudações, amigos do Dharmalog,
    Nando, Rosa

    Oi Norma, olá Biza,

    Meu Coração alegrou-se ao ler tuas mensagens.

    Agradeço as demonstrações de apreço.

    Não posso negar-me. Estarei com vocês.

    Que o Amor nos envolva, nos ilumine e nos transforme,

    Fique bem, Norma.

    Um forte abraço, Biza

    Paz a todos os seres!

    Namastê!

  8. says: norma7

    Sueli Nascimento:

    Nã na ni na não, moça!
    A única gentil na ‘história’ fui eu.
    Fui, ou melhor, estive gentil.
    Você e o Adilson, vocês, Vocês são assim mesmo!
    Considere-se devidamente (e fortemente) abraçada.
    Boa sorte, Norma

  9. says: Marcos Arantes

    Rapaz…o ser humano é tão pequeno e se acha tão grande.

    A história da tartaruga é a mesma que diz a frase: ” O que a lagarta acredita ser o fim do mundo, o sábio chama de borboleta ”

    Isso mesmo…todos nós somos sábios. Só que alguns ainda não sabem…

  10. Mahapunnama Sutta (MN 109) – O Grande Discurso na Noite de Lua Cheia.

    Um bhikkhu questiona o Buda acerca dos cinco agregados, do apego, da idéia da existência da personalidade e da realização do não eu.

    O Buda dá um ensinamento completo sobre os agregados: o que são, porque são importantes, como eles surgem, qual a sua gratificação, qual o seu perigo e como libertar-se deles.

    http://www.acessoaoinsight.net/sutta/MN109.php

  11. Nibbana e O Discurso do Fogo

    Nibbana – Ajaan Thanissaro

    Este breve ensaio delineia o uso da imagem do fogo no Budismo antigo para descrever Nibbana, o objetivo da prática Budista.

    http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/nibbana.php

    Adittapariyaya Sutta – O Discurso do Fogo

    Alguns meses após o seu Despertar o Buda proferiu este sermão para um grupo de 1.000 ascetas adoradores do fogo. No seu típico brilhante estilo de ensino o Buda usa um símile que rapidamente penetra nos corações dos ouvintes – neste caso, um símile com o fogo. Após ouvirem este sermão, todos os presentes alcançaram a Iluminação (arahant)

    http://www.acessoaoinsight.net/sutta/SNXXXV.28.php

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *